O secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, afirmou, nesta sexta-feira (25), que o vice-presidente do conselho estadual de
direitos humanos, Luiz Carlos dos Santos, confessou ter recebido dinheiro do PCC (Primeiro Comando da Capital) para, entre outros, dar publicidade a casos de violência policial.
Após a afirmação do secretário, o Condepe (Conselho Estadual de Defesa da Pessoa Humana) afirmou que decidiu afastar o conselheiro.
Ele foi preso na terça-feira (22) junto com outras 34 pessoas. Eles são acusados de ter ligação com a facção criminosa que atua em São Paulo. Entre os detidos, havia 32 advogados. Luiz Carlos dos Santos foi o único, no grupo, que teve o nome divulgado.
Segundo o secretário da Segurança Pública, os primeiros pagamentos teriam ocorrido em 2014, a partir de R$ 2 mil, e aumentaram de valor ao longo dos anos. Barbosa Filho disse que o vice do Condepe divulgou casos como as chacinas de Carapicuíba, Mogi e Osasco, em que houve suspeita de participação de policiais nas mortes das vítimas, para deslegitimar a atuação da polícia paulista.
As declarações do secretário ocorreram na mesma entrevista coletiva, na sede da Secretaria de Segurança, em que o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) divulgou o aumento no número de roubos no Estado pelo nono mês consecutivo. Ao todo, foram 27,8 mil casos registrados em outubro deste ano.
Fonte: Folha de São Paulo
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