Foi preso nesta terça-feira (25) um dos suspeitos de participar de uma chacina em fevereiro de 2015 em Poção, no Agreste de Pernambuco. De acordo com o delegado Samuel Farias, ele foi preso em Santa
Helena, no Maranhão. Três conselheiros tutelares e uma mulher de 62 anos foram mortos. As vítimas estavam em um carro do Conselho Tutelar com uma menina de 3 anos, única sobrevivente do crime. Eles vinham da casa da avó paterna da criança.
Ao G1, o delegado disse que o suspeito, de 27 anos, resistiu à prisão. "Ele estava com um revólver calibre 38. Recebemos a informação de que o suspeito estava no Maranhão envolvido com crime de pistolagem. Desde o ano passado que estamos em busca dele". Samuel Farias explicou que o homem foi o autor dos quatro homicídios.
O delegado afirmou que ele foi levado para a Delegacia de Pinheiro, no Maranhão. "O suspeito vai ser levado para o Presídio de Pedrinhas. Estamos em contato com a polícia de Pernambuco para saber como proceder na transferência dele", explicou Farias.
Sete indiciados
Sete pessoas foram indiciadas pela chacina no ano passado. O inquérito aponta que avó paterna da criança é suspeita de ser a mandante do crime. Para a políca, o motivo do crime seria pela guarda da criança.
A avó paterna recebeu a ajuda de um advogado para contratar os executores, também de acordo com o delegado. Até o dia do chacina, para a polícia, os conselheiros nunca haviam sofrido ameaça. A avó teria pago R$ 45 mil pelo crime.
Dentre as provas recolhidas, foi encontrada na casa da avó paterna uma arma e um organograma com fotos dos parentes maternos da neta. A polícia suspeita que ela o usaria para planejar a morte de todos.
Entenda o caso
As vítimas estavam em um carro do Conselho Tutelar do município com uma menina de 3 anos, única sobrevivente. Eles vinham da casa da avó paterna da criança, situada em Arcoverde, no Sertão, a 70km de Poção.
Segundo o avô materno, João Batista, as famílias dividiam a guarda da criança. O pai e a avó paterna cuidavam dela e, nos fins de semana, a menina ficava com os avós maternos. A senhora que morreu na chacina era Ana Rita Venâncio, esposa dele e avó da criança.
Os conselheiros eram Carmem Lúcia da Silva, de 38 anos, José Daniel Farias Monteiro, de 31, e Lindenberg Nóbrega de Vasconcelos, de 54.
O avô materno disse que, no dia do crime, a avó e o pai mudaram repentinamente o horário que eles costumavam pegar a menina para passar o fim de semana. "A gente era para pegar a criança às 11h30 no colégio e entregar na segunda, de 7h30. Só que, essa semana, eles mesmo mudaram. (...) Mudou para gente ir pegar de 17h", relata. Segundo ele, há mais de dois anos as famílias compartilhavam a guarda da criança.
Fonte: G1
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