O secretário de Justiça de Cidadania Uziel Castro disse nesta segunda-feira (17) que as mortes na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo foi uma ordem de uma
facção criminosa de São Paulo, que está em guerra contra uma outra, do Rio de Janeiro. "Todo o sistema penitenciário do Brasil estava ciente que isso ia ocorrer", declarou.
Segundo o secretário, houve um rompimento entre duas facções e uma delas ordenou que ocorressem confrontos em presídios de todo o país.
No domingo (16) dez detentos morreram e seis ficaram feridos em confronto no maior presídio de Roraima, e nesta segunda oito presos morreram asfixiados na Penitenciária Estadual Ênio dos Santos Pinheiro, em Rondônia.
"O que houve na Penitenciária [Agrícola do Monte Cristo, em Roraima] ontem foi um reflexo do que está ocorrendo em todo o país. Houve uma briga no Rio de Janeiro entres duas facções criminosas e uma delas passou 'salve geral' para todos os presídios para que integrantes desta facção agredissem e matassem membros da outra. Esse informe todos os presídios já tinham conhecimento", disse o secretário em coletiva de imprensa nesta segunda.
Ainda de acordo com Castro, apesar das unidades estarem em alerta, foi uma 'surpresa' para direção da penitenciária o confronto entre os detentos de Roraima.
"Existe uma tradição no mundo do crime de não ter rebelião em dia de visita, e ontem era um dia de visita", afirmou.
Confronto de facções em Roraima
A confusão entre os detentos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo começou no domingo (16) por volta das 15h (17h de Brasília) quando homens da ala 13 quebraram os cadeados e invadiram a ala 12. A briga entre os presos ocorreu durante o horário de visitas.
Durante o conflito, o comandante da operação e membro do Batalhão de Operações Especiais (Bope), capitão Falkner, chegou a afirmar ainda no domingo que 25 presos tinham sido assassinados. A Sejuc corrigiu a informação nesta segunda e disse que dez presos foram mortos e seis ficaram feridos no conflito entre as facções criminosas.
Os detentos estavam armados com facas e pedaços de madeira, segundo relatou a mulher de um detento que estava dentro do presídio na hora que se iniciou a briga. Cerca de 100 familiares de presos foram feitos reféns por cinco horas. Eles foram libertados às 20h por policiais do Bope.
A Penitenciária Agrícola de Monte Cristo é a maior unidade prisional de Roraima e atualmente abriga mais de 1,4 mil presos. A capacidade da unidade é de 700 presos, segundo o secretário da Sejuc.
Fonte: G1
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