Morreu nesta terça-feira, aos 72 anos, no Rio de Janeiro, o capitão do tricampeonato da seleção brasileira, Carlos Alberto Torres. De acordo com o SporTV, onde o
‘Capita’ era comentarista, ele foi vítima de um enfarte fulminante. Ainda não há informações sobre velório e enterro. Sua última aparição na TV foi no domingo, após a rodada do Brasileirão.
Torres é considerado um dos maiores laterais-direitos da história – para muitos, o melhor deles. O capitão do tri atuou profissionalmente por quase uma década e chegou a ser campeão com o Flamengo, Botafogo e Fluminense, ambos do Rio de Janeiro, como treinador. Desde 2005, entretanto, estava afastado dos gramados como técnico e trabalhava apenas como comentarista.
O Capita começou a carreira no Fluminense, saindo de lá aos 22 anos, já como um dos melhores do País. Tinha características ofensivas, algo então raro para um lateral. Em 1963, estava na seleção brasileira que ganhou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos disputados em São Paulo. No ano seguinte, ganhou o Carioca pelo Flu.
A melhor fase da carreira, entretanto, foi pelo Santos, clube que defendeu entre 1965 e 1975, com um breve intervalo para passar um ano no Botafogo. No time praiano, atuou por 445 vezes, sendo o 11.º com mais partidas, atrás apenas de outros contemporâneos da Era Pelé e do ex-lateral-esquerdo Léo.
Depois de brilhar na Vila Belmiro, voltou para o Fluminense, ganhando mais dois Campeonatos Cariocas, em 1975 e 1976. Na parte final da carreira, passou também pelo Flamengo e se aventurou nos Estados Unidos, jogando pelo New York Cosmos até os 38 anos.
Pela seleção brasileira, chegou a ser convocado para a Copa do Mundo de 1966, mas acabou cortado. Em 1970, já era o capitão que entrou para a história por ser o último a levantar a Taça Jules Rimet, depois roubada. No total, fez 53 jogos pelo Brasil até 1977, marcando oito gols.
A carreira de treinador começou em 1983, no Flamengo, e não foi das mais vitoriosas, ainda que ele tenha passado por boa parte dos principais clubes do País. No começo da década de 1990, chegou a ser vereador no Rio.
Fonte: Estadão
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