quarta-feira, setembro 21, 2016

Polícia Civil prende suspeito de ser o 'maníaco da seringa' no Metrô de SP

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Um morador de rua suspeito de atacar mulheres com seringas no Metrô de São Paulo foi preso nesta terça-feira (20) na estação Palmeiras-Barra Funda, da Linha 3-Vermelha, na Zona Oeste da
capital. Segundo o delegado Rogério Marques, da Delegacia do Metropolitano (Delpom), Benedito José da Silva, de 62 anos, foi detido com 21 agulhas de seringas numa das plataformas de embarque.
A polícia suspeita que as agulhas foram coletadas em postos de saúde da capital. De acordo com o delegado, Silva, que teria distúrbios mentais, foi identificado por meio do retrato falado feito com base no relato feito pela mãe de uma das vítimas. A mulher foi atacada na estação Sé do Metrô, no dia 18 de agosto. A mãe da vítima identificou o morador de rua como autor do ataque, afirmou o delegado.
Detido, o morador de rua foi levado à delegacia, onde prestou depoimento. Em seguida, foi levado a um hospital para tratar feridas nas pernas, disse o delegado. Segundo Marques, já foi pedida sua prisão preventiva ou internação psiquiátrica.
A polícia aguarda agora a resposta da Justiça e segue com operações rotineiras de buscas por outros dois suspeitos de ataques com seringas no sistema público de transporte, afirmou Marques. As investigações são conduzidas pela Delpom.

Retrato falado (à esq.) e a fotografia do suspeito de atacar com seringas no metrô (Foto: Reprodução/Polícia Civil)Retrato falado (à esq.) e a fotografia do suspeito de atacar com seringas no metrô (Foto: Reprodução/Polícia Civil)

Retrato falado digital
Na noite de sexta-feira (16), a Polícia Civil fez o retrato computadorizado de um suspeito de atacar uma adolescente com uma seringa dentro de um ônibus, em agosto, no bairro do Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo. As informações são do SPTV.
O retrato, feito a partir do depoimento da vítima, mostra um homem branco, de 38 a 43 anos, com cerca de 1,80 metro de altura, olhos castanhos, cabelo curto e de coloração grisalha.
Na noite desta quinta-feira (15), retratos falados de outros dois suspeitos de ataques com seringas foram divulgados pela polícia. Eles teriam feito vítimas em estações do Metrô da capital. Um homem foi preso por ações semelhantes no fim de julho.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), um deles é suspeito de atacar uma mulher na saída da estação Paraíso e o outro, na Tamanduateí.
Quem tiver informação sobre os homens deve procurar o Disque-Denúncia (telefone 181) ou o WebDenúncia (www.webdenuncia.org.br). O sigilo é garantido.

Seringas apreendidas com suspeito na estação Barra Funda do Metrô (Foto: Reprodução/Polícia Civil)Seringas apreendidas com suspeito na estação Barra Funda do Metrô (Foto: Reprodução/Polícia Civil)
Retrato digital divulgado pela polícia mostra suspeito de ataque com seringa em ônibus (Foto: Reprodução/TV Globo)Retrato digital mostra suspeito de ataque com seringa em ônibus (Foto: Reprodução/TV Globo)
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Retratos falados de suspeitos de atacar mulheres com seringas no Metrô (Foto: Divulgação/SSP)Retratos falados de suspeitos de atacar mulheres com seringas no Metrô (Foto: Divulgação/SSP)

Vítimas
Duas mulheres disseram ter reconhecido o homem que foi preso por suspeita de atacar as vítimas com uma seringa em São Paulo em julho. As vítimas foram no começo de agosto ao 78º Distrito Policial, nos Jardins, e confirmaram à Polícia Civil que o homem preso em 30 de julho é o autor dos ataques.
Letícia Silva disse que na manhã de 28 de agosto foi atacada na estação Sé do Metrô. Ela disse que sentiu uma picada nas costas e que, depois disso, o homem fugiu. A outra vítima, Ivana Fabiane, contou que foi atacada na entrada do Metrô Consolação, na Avenida Paulista. Elas fizeram exames e terão acompanhamento médico.
"Estava descendo a escada na boca do Metrô [Consolação], eu senti como que uma picada de abelhas aqui. E não liguei. Cheguei em casa, minha blusa tava manchada de sangue, falei 'nossa, que coisa estranha'. Peguei e lavei. Não me importei com isso. Na semana passada, quando começaram a sair as reportagens eu associei com o que tinha me acontecido", disse Ivana.
O que aconteceu com Letícia foi semelhante. "Eu estava no Metrô Sé, dentro da estação, porém já fora do vagão. Foram três empurrões. Depois no último empurrão, quando eu estava quase saindo do Metrô Sé, foi onde ele me furou. Entendeu? Nas costas. Eu só perguntei o que ele queria. "O que você quer? Tá me seguindo, não tá querendo me roubar", porque eu já tinha colocado a bolsa na frente. Então, ficou com olho estalado, nervoso e correu", disse.
"Estou torcendo para que seja só uma brincadeira de uma pessoa louca e que ela seja cuidada, né? Pelo estado, de alguma maneira, essa pessoa tem que sair da rua. Ela não pode ficar. Não pode ficar", completou.
Segundo a SSP, a Justiça aceitou pedido da Polícia Civil e determinou a prisão temporária do suspeito. Ele já havia sido detido e liberado, mas foi preso novamente com uma seringa no bolso e levado à carceragem do 77º Distrito Policial.

Outros ataques
A estagiária Andressa Fernandes Oliveira foi uma dessas vítimas. O ataque foi dentro da estação Pinheiros, na Linha 4-Amarela do Metrô, bem perto das escadas rolantes. Andressa tinha acabado de sair do trabalho.
“Eu senti uma picada no meu ombro. Na hora eu senti assim, mas achei que não era nada. Parei para ver se tinha um objeto. Não desconfiei de nada. Assim que cheguei na minha residência, o meu esposo viu uma manchinha de sangue bem onde foi a picada. Foi aí que minhas irmãs, ouvindo a história que contei, falaram que já tinham visto alguns casos na internet e me recomendaram ir ao hospital.”, relatou.
Preocupada, Andressa foi ao Hospital Emilio Ribas, especializado em doenças contagiosas. “A moça da triagem me informou que naquela semana eles tinham atendido 20 pessoas que tinham sido picadas pela seringa, e disse que eu tive sorte, porque uma moça tinha chegado e o moço tinha rasgado a perna inteirinha dela com a seringa", disse. O hospital informou que não pode afirmar quantos casos atendeu desse tipo.
Em junho, um ataque parecido foi registrado na Avenida Paulista na esquina com a Rua Pamplona. A vítima foi uma médica peruana. "A gente pensa que se trata de uma lenda urbana e quando acontece, a gente fica abalada, assustada por essa ação maldosa."

Em post no Facebook, amiga relatou agulhada sofrida por amiga na Av. Paulista (Foto: Reprodução/Facebook)Em post no Facebook, mulher relatou agulhada sofrida por amiga na Av. Paulista (Foto: Reprodução/Facebook)

Fonte: G1

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