Os maiores polos produtores de caju do Rio Grande do Norte registram perdas de produção, apesar de sinais de recuperação dessa lavoura. Na região da Serra
de Sant’Ana, no Seridó, as baixas são da ordem de 40%. Já na Serra do Mel esse número sobe para 45%. A região com os maiores danos é o Médio Oeste, onde as perdas chegam a 80%. Esse cenário é resultante da descontinuidade de programas, sucessivos períodos de estiagem, incidência de pragas e pomares envelhecidos.
Nos oito primeiros meses do ano, o estado produziu apenas 24,2 mil toneladas da amêndoa, segundo informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A situação da cajucultura potiguar foi avaliada na reunião do Comitê Gestor da Cajucultura, realizada na sexta-feira, dentro da programação da Expofruit.
Para o diretor Técnico do Sebrae, João Hélio Cavalcanti, o caju e a castanha são produtos que influenciam a economia do estado. Mesmo diante das adversidades o setor está otimista com a previsão de chuvas. “Devemos nos organizar para o pior, esperando o melhor”, diz, explicando que nesse período o Sebrae tem dado suporte ao cajucultores com consultorias técnicas para minimizar os impactos.
Já o analista de Mercado Agrícola da Conab, Luís Gonzaga Costa, vê a cadeia produtiva do caju no estado desarticulada e a estiagem agravou ainda mais o cenário. “O problema é sério e tem mexido com o mercado no Rio Grande do Norte, inclusive com a exportação. Existem pontualmente produtores isolados tentando contornar a situação, inclusive com a participação do Sebrae e outros órgãos”, confirma.
Recuperação
De acordo com o consultor do Sebrae Francisco Canindé da Costa, a perspectiva dos produtores é que, este ano a safra obtenha alguma melhora em relação a anos anteriores. A colheita do caju começa do final de setembro para outubro. “Foi iniciado no ano passado um trabalho com produtores rurais para controlar, com aplicação da tecnologia, doenças, pragas e solo. O que tem mostrado bons resultados”, afirma.
Fonte: G1
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