Ex-presidente da Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil) durante todo o mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-10), Sérgio Rosa, 57, é, até agora, o
único dos 40 investigados listados pela Polícia Federal suspeito de ter recebido propina.
Ele depôs nesta terça-feira (6), na Polícia Federal no Rio, e não falou com a imprensa.
No relatório que fundamenta a Operação Greenfield , a Polícia Federal e o Ministério Público o envolvem no "caso Invepar".
A acusação é que a Previ (fundo dos funcionários do BB), assim como Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa), beneficiou a OAS ao investir na Invepar –que era controlada pela construtora e que detém concessões de serviços públicos como metrô do Rio e o aeroporto de Guarulhos.
As autoridades dizem que a previsão de retorno que justificaria o investimento é duvidosa e suspeitam que a motivação do negócio tenha sido a pressão política e a corrupção de dirigente dos fundos.
Sérgio Rosa, segundo a investigação, teria recebido R$ 600 mil da OAS entre 2012 e 2014, após sair da Previ, por consultorias prestadas por sua empresa, a RS Consultoria. A desconfiança é que o serviço seria fachada para o pagamento de propina.
Em 2014, quando a revista "Veja" revelou os pagamentos da OAS, Rosa admitiu à revista que recebeu os valores. Mas rejeitou ter relação com a Previ. Ele atribuiu o pagamento a aconselhamentos que, segundo diz, foram prestados. Nesta terça, a Folha não conseguiu contato com o executivo.
Fonte: Folha de São Paulo
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