"O medo é constante, permanente. Ele já matou meu marido e atentou contra a minha vida. Nada o impede de me procurar e tentar
mais uma vez me matar. Com esse criminoso solto, quem está presa agora sou eu". As declarações são da advogada Ana Paula Nelson, viúva do policial civil Iriano Serafim Feitosa, morto a tiros em janeiro deste ano na Avenida do Xavantes, em Cidade Satélite, na Zona Sul de Natal. A apreensão de Ana Paula se dá pelo fato de na sexta-feira (17), o também policial civil Tibério Vinícius Mendes de França, acusado pelo assassinato de Iriano, ter fugido do presídio militar, na Zona Norte.
Ana Paula disse que desde a fuga de Tibério não voltou para casa. "Evito até ir para minha própria casa e para a casa dos meus pais depois que esse criminoso voltou para as ruas. Há informações concretas que o Tibério pretendia fugir para me matar e executar outras duas testemunhas arroladas no processo e até outros policiais. O Estado tem que prucurá-lo e recapturá-lo o quanto antes. Ele tem que responder pelos crimes que cometeu", ressaltou.
Tibério fugiu na sexta (17), dia em que seria levado para uma audiência de instrução na 3ª Vara Criminal de Natal, no fórum Miguel Seabra Fagundes, no bairro de Lagoa Nova. Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte (Sesed), a fuga do policial civil foi notada pela equipe que iria escoltá-lo ao fórum e teria acontecido na hora do banho.
Mesmo com a ausência de Tibério, o juiz Ricardo Procópio Bandeira ouviu três testemunhas de defesa dele. O juiz marcou para o dia 30 próximo a continuação da instrução. Ricardo Procópio também determinou que a Delegacia Especializada de Capturas (Decap) faça buscas pelo policial foragido.
A Polícia Militar instaurou um inquérito para apurar como se deu a fuga de Tibério Vinícius. No dia da fuga, o G1 tentou entrar em contato com os advogados do policial, mas não obteve êxito.
Relembre o caso
Iriano foi morto no dia 3 de fevereiro quando dirigia o carro dele pela Av. Xavantes, no conjunto Cidade Satélite, Zona Sul de Natal.
Esposa do policial, a advogada Ana Paula Nelson contou que estava no carro no momento do atentado. "Acho que o crime não foi planejado para ser ali, daquela forma. Esse policial se aproveitou de um descuido do meu marido. Ele se aproximou sozinho em uma moto e, sem parar, efetuou vários disparos. Como os tiros foram do lado onde estava o Iriano, ele foi atingido mais vezes e eu acabei sendo baleada duas vezes", lembrou.
Câmeras de segurança registraram a execução. O vídeo mostra o momento em que o o carro de Iriano reduz a velocidade para passar por uma lombada. Um motociclista fica ao lado do carro e efetua vários disparos de arma de fogo. Iriano morreu minutos após dar entrada no pronoto-socorro Clóvis Sarinho, em Natal. A advogada Ana Paula Nelson, viúva de Iriano, foi atingida por dois tiros - um na perna e outro no quadril.
Fonte: G1
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