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terça-feira, junho 28, 2016

Após polêmica em pregação, padre Fábio de Melo pede desculpa na web

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Após o vídeo de um sermão em uma celebração na Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), viralizar na web e deixar o padre Fábio de Melo no centro de uma
polêmica sobre violência, o religioso pediu desculpa nesta segunda-feira (27) pelas palavras usadas pregação. Depois de afirmar em 2007 que o 'agressor só se torna agressor porque a vítima o autoriza', ele disse ter sido infeliz na linguagem e afirmou que não pretendeu dizer que a vítima é culpada.


Padre Fabio de Melo faz retratação na web após polêmica (Foto: Reprodução/Twitter)Padre Fabio de Melo faz retratação na web após polêmica sobre pregação (Foto: Reprodução/Twitter)

No sermão, em que o tema era "amor próprio", o religioso que mora em Taubaté e é celebridade nas redes sociais, defendeu que no caso da agressão contra as mulheres são elas as responsáveis pela forma como são tratadas pelos seus companheiros.
"As mulheres que são agredidas fisicamente por seus maridos, no dia em que ela recebe a primeira agressão é ela que vai determinar para ele se ele vai ter o direito de agredí-la pela vida inteira ou não, é o jeito como ela olha para ele, não é nenhuma palavra, não é nenhum grito que vai dizer não me bata, mas é o seu jeito de ser mulher", disse na época.
Os internautas consideraram a pregação machista e reagiram debatendo com ele a questão da violência doméstica. "O silêncio da vítima às vezes é a sobrevivência dela", rebateu uma internauta.
Retratação
Para o padre, a intenção com a afirmação durante o sermão foi destacar a importância da denúncia.
"É muito desconfortável ser promotor do que abominamos. Culpar a vítima é abominável. Se fui infeliz na linguagem, resta-me retratar. Peço perdão. Eu nunca pretendi dizer que a vítima é culpada,apenas salientei que a não denúncia reforça o agressor", afirmou na tarde desta segunda na rede social.
A comunidade Canção Nova, detentora da gravação em que o padre Fábio de Melo faz a afirmação considerada polêmica, foi procurada mas preferiu não comentar o assunto.

Fonte: G1

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