Em meio às dificuldades pelas quais passa a economia nacional, o comércio varejista potiguar estuda fechar as lojas dos grandes centros comerciais aos domingos e
feriados. O objetivo é a redução de custos diante da crise econômica nacional. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista e de Serviços do Estado do RN (Sicomércio/RN), a discussão sobre a mudança pode ter um desfecho ainda este mês, e se aprovada já entraria em vigor no mês de maio.
Presidente Sicomércio/RN, George Ramalho Vieira revelou que a proposta já vem sendo discutida há dois anos, mas que ganhou corpo este ano diante das dificuldades financeiras. Ramalho ainda disse que a ideia partiu dos lojistas e vem sendo discutida com o sindicato dos trabalhadores. “Os lojistas não estão aguentando os custos dos domingos e feriados. Esse fechamento traria uma redução de custos muito bem vinda no atual contexto econômico, que é, como todos nós sabemos, difícil e complicado", comentou.
Ainda de acordo com o sindicalista, "o comércio varejista está tendo um lucro muito baixo, quase nenhum. Qualquer custo que possa ser cortado pode significar a sobrevivência do comerciante. Com essa crise, o comerciante está sufocado e a gente tem que encontrar maneiras de diminuir os custos”, acrescentou.
Sobre o fechamento das lojas nos domingos e feriados, George Ramalho garante que os funcionários estão em sintonia com os empresários. "A resistência, hoje, é dos shoppings. Mediante contrato, as lojas são obrigadas a abrir. Mas, com a mudança aceita em convenção coletiva, o funcionamento das lojas nos shoppings também seria alterado", ressalta.
George Ramalho acrescentou que em Belo Horizonte foi feita uma pesquisa sobre o impacto do fechamento na economia mineira. Lá foi apurado prejuízo com a abertura das lojas no domingo de, em média, R$ 1 mil por funcionário. Há uma previsão que a pesquisa seja aplicada em Natal.
“Não podemos proibir os shoppings de fechar nem abrir. O sindicato só tem poder de decisão sobre a questão do trabalhador, se vai trabalhar ou não. O contrato entre comerciante e shopping não pode se sobrepor à convenção coletiva de trabalho. Queremos ouvi-los, por sua importância, porque pode existir uma outra saída para isso, uma contrapartida dos shoppings”, afirmou o presidente do Sicomércio. Em Natal, a mudança impactará cerca de duas mil lojas que empregam mais de 12 mil funcionários.
Fonte: G1
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