Dez presos, apontados como líderes de uma facção criminosa do Rio Grande do Norte, foram transferidos na manhã desta terça-
feira (15) para o Presídio Federal de Porto Velho, em Rondônia.
O pedido de transferência, feito pelo Ministério Público Estadual, foi acatado pelo juiz federal Walisson Gonçalves Cunha, corregedor do Presídio Federal de Porto Velho. Segundo o próprio MP, os presos levados para Rondônia estavam custodiados na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, Penitenciária Estadual de Parnamirim, em Parnamirim, e Penitenciária Estadual do Seridó, em Caicó.
O MP explica que as transferências dos detentos são resultado das investigações da Operação Alcateia, realizada no dia 4 de fevereiro deste ano e que resultou na decretação da prisão preventiva de 39 pessoas, além do sequestro de 79 contas bancárias. “A decisão reconhece elementos que apontam para a efetiva existência dessa organização criminosa e do impacto de sua atuação na ordem pública e no âmbito do sistema penitenciário potiguar”, afirmou o Ministério Público.
O isolamento dessas lideranças, ainda de acordo com o MP, “é uma ação de exemplaridade penal e, portanto uma contribuição do Judiciário para o processo de retomada do controle das unidades prisionais do Estado a cargo do Poder Executivo”.
Além da operação Alcateia, o MP também é responsável por uma investigação semelhante, batizada de operação Alcatraz, deflagrada em dezembro de 2014 – na qual também foram detectadas facções ordenando crimes dentro e fora de presídios mantidos pelo Estado. Juntas, as duas operações já resultaram em mais de 400 denúncias contra pessoas apontadas como integrantes de organizações criminosas.
Fonte: G1
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