Uma operação liderada pela Policia Civil do Rio com apoio da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) resultou na prisão de quatro suspeitos e na apreensão de
um menor pelas ofensas racistas em redes sociais contra a atriz Taís Araújo.
Com participação de equipes da Polícia Civil dos estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia e Minas Gerais, a ação deflagrada nesta quarta-feira (16) também incluiu 11 mandados de busca e apreensão.
No município de Brumado, na Bahia, a polícia prendeu Tiago Zanfolin Santos da Silva, 26, acusado de "injúria racial" contra Taís Araújo, assim como outras atrizes e apresentadores da TV Globo.
O delegado Leonardo Rabelo, coordenador da Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin) em Brumado, disse que o acusado é "integrante de uma organização criminosa, que, pela internet, fez vários ataques racistas a atrizes, jornalistas e apresentadoras, como Taís Araújo, Sheron Menezes, Cris Vianna, Maria Júlia Coutinho, Xuxa Meneghel e Angélica".
Santos da Silva é funcionário de uma loja de informática e estava em casa no momento da prisão. De acordo com a Polícia Civil da Bahia, foram apreendidos um notebook, uma CPU e um celular.
Em São Paulo, um menor foi apreendido. Ele é apontado como um dos líderes do grupo que disseminava ofensas raciais pela internet.
O terceiro suspeito foi preso no município de Navegantes, em Santa Catarina.
Outro mandado de prisão foi cumprido em São José dos Pinhais, no Paraná. Neste caso, o acusado já estava preso desde dezembro de 2015 por crimes praticados na internet.
A atriz Taís Araújo divulgou uma breve nota sobre a ação da polícia nesta quarta: "É importante saber que a Justiça deu continuidade à denúncia e espero que crimes contra os negros não fiquem mais impunes".
GRUPO
Em Porto Alegre, ao cumprir um mandado de busca e apreensão, a polícia encontrou ainda inúmeras fotos de crianças entre um e cinco anos de idade relacionadas à pornografia. O dono do material foi preso em flagrante sob acusação de prática de pedofilia.
De acordo com a investigação da DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática), coordenada pelo delegado Alessandro Thiers, os acusados formaram um grupo para espalhar os ataques racistas por redes sociais e em mensagens divulgadas pelo aplicativo Whatsapp.
"Eles têm até um estatuto e quem não segue as regras é excluído ou punido pela organização. Esta fase da investigação trata apenas dos administradores dos perfis. A investigação ainda prossegue para identificar as pessoas que propagaram essas mensagens", disse o delegado, em entrevista à TV Globo.
No Paraná, em São José dos Pinhais, um homem que já estava preso desde dezembro de 2015 por crimes na internet recebeu um novo mandado de prisão.
Fonte: Folha de São Paulo
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