Estudante morre após ser torturado e jogado de altura de 15 m em SC

A polícia investiga a morte de um homem em Florianópolis após uma briga de vizinhos, no Morro da Mariquinha, comunidade na região

central da cidade.

O estudante de Direito Camilo Barbosa, de 28 anos, morreu depois de ser torturado, segundo a polícia. Tudo teria começado por causa desentendimento com uma vizinha por causa de uma vaga de garagem.

No boletim de ocorrência, a mulher de Camilo informou que no dia seguinte ao desentendimento, a vizinha levou a filha de 11 anos até os traficantes e disse que Camilo teria cometido algum tipo de abuso sexual contra a menor, o que não seria verdade, de acordo com a família da vítima.

Minutos depois, segundo ela, cinco homens armados desceram o Morro e foram até a casa da vítima. Camilo foi amarrado num poste e foi brutalmente espancado pela vizinha. Depois, os traficantes passaram a agredi-lo. Camilo foi solto e ainda teria sido atirado de uma altura de 15 metros, o que resultou em uma fratura exposta na perna.

"Chegando lá, os agressores saíram todos correndo. Não conseguimos prender ninguém, mas evitamos que a agressão continuasse e ele viesse até morrer no local. Acionamos o socorro e ele foi atendido e levado para hospital", detalha o tenente - coronel Marcelo Pontes do 4º Batalhão de Polícia Militar, que atendeu a ocorrência.

Camilo estava internado desde terça-feira (16) no hospital Celso Ramos, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na quinta (19).

Investigações

O caso da morte de Camilo Barbosa foi registrado na 1ª Delegacia da capital, que vai ficar responsável pelas investigações. Um inquérito será aberto para apurar o que aconteceu.  Na próxima semana, testemunhas e os suspeitos de terem relação com o crime devem ser intimados a prestar depoimento.

O G1 não conseguiu confirmar com a Polícia Civil se mais alguém, além da mulher da vítima, prestou depoimentos.

"Briguinha besta por causa de uma vaga numa garagem e ela inventou uma história absurda dizendo que ele era pedófilo. Uma coisa que não procede de jeito nenhum. A família inteira chora por pensar que ele não fez nada", disse uma parente da vítima àRBS TV.

Fonte: G1