Pelo menos seis pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (19) em Bebedouro (SP), suspeitas de envolvimento em um esquema de fraude na compra de alimentos de merenda escolar por prefeituras
de 16 cidades no interior e no litoral de São Paulo.
Segundo a Delegacia Seccional de Bebedouro, um sétimo suspeito está foragido e todos os mandados de prisão envolvem integrantes da Cooperativa Orgânica Agrícola Familia (Coaf), que é baseada na cidade.
Nenhum representante da cooperativa foi encontrado pela reportagem do G1 para comentar as suspeitas.
A operação "Alba Branca" do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, foi desencadeada com apoio de equipes da Polícia Civil e cumpre 24 mandados de busca e apreensão.
Propina
Segundo o promotor de Justiça Leonardo Romanelli, as investigações apontam fraude em contratos forjados de merenda escolar, entre prefeituras e a cooperativa de Bebedouro. "Eles cobravam propinas de funcionários públicos e repassavam comissões para os vendedores".
Entre os presos nesta terça-feira, estão o presidente e o ex-presidente da Coaf, além de vendedores da cooperativa. Até o início da tarde, 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos e mais de R$ 140 mil foram recolhidos.
O tamanho da fraude, entretanto, ainda não foi identificado. Entre os contratos, havia, por exemplo, uma licitação de R$ 500 mil com a Prefeitura de Bebedouro e duas, de R$ 1 milhão e R$ 2 milhões com a Prefeitura de Campinas. "Em algumas cidades, vemos valores muito grandes sendo cobrados nesses contratos", afirmou Romanelli.
Cidades envolvidas
Em Bebedouro, 40 policiais civis e delegados dão apoio à operação, que ocorre também em sedes de prefeituras nas cidades de Paraíso, Novaes, Santos, Sumaré, Americana, Colômbia, São Bernardo do Campo, Campinas, Santa Rosa do Viterbo, Bauru, Mogi das Cruzes, Barueri, Araras, Cotia, Mairinque e Caieiras.
Além das prisões, a polícia faz buscas por documentos que podem servir de prova para o andamento das investigações. Entre as buscas, estão mídias digitais como HD's, DVD's e pen-drives, além de dinheiro em espécie, cheques preenchidos e outros tipos de documentos.
Sede de cooperativa investigada em Bebedouro, SP (Foto: Reprodução/EPTV)
Fonte: G1
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