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sábado, dezembro 19, 2015

Chalita é denunciado por suspeita de corrupção

Sao Paulo, SP, 21-01-2015: Gabriel Chalita, novo secretario municipal de educacao, da entrevista a folha. (Foto: Isadora Brant/Folhapress, COTIDIANO)***EXCLUSIVO FOLHA***O Ministério Público de São Paulo denunciou por suspeita de corrupção passiva o secretário municipal de Educação de Fernando Haddad (PT), Gabriel Chalita (PMDB). A denúncia, apresentada
nesta quinta (17), segundo os promotores, diz respeito ao período em que Chalita foi secretário estadual de Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB), entre 2002 e 2005. A informação foi publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

A advogada de Chalita, Flavia Rahal, afirmou em nota que "muito embora não tenha tido acesso aos termos da denúncia, a defesa de Gabriel Chalita repudia, de forma veemente, a tentativa do Ministério Público Estadual de requentar fatos já investigados pelo Supremo Tribunal Federal e em relação aos quais afirmou-se a plena licitude".

"O Poder Judiciário certamente saberá dar um basta a essa forma abusiva e desleal de agir do órgão, rejeitando a acusação formulada."

De acordo com a denúncia, "na condição de secretário estadual de Educação, Chalita solicitou vantagens indevidas consistentes" de empresas que firmaram contratos sem licitação com a pasta. Os promotores dizem ter cópias de notas fiscais que comprovam que Chalita teria recebido R$ 113 mil.

Segundo as investigações, que acontecem desde março e correm em segredo de Justiça, a reforma de um apartamento que Chalita comprou em 2005, em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo, seria a prova mais contundente de propina ao secretário.

Na denúncia consta que as obras do imóvel, avaliado à época em R$ 4 milhões, teriam custado US$ 600 mil –pagos pelo empresário Chaim Zaher, dono do Grupo SEB, antigo COC, que assinou contratos com a secretaria de Educação quando Chalita comandava a pasta. Zaher também foi denunciado.

Procurado pela Folha, o secretário disse que "tudo isso já foi investigado e arquivado pelo Supremo". Em 2013, o STF abriu investigação criminal para apurar se Chalita tinha despesas pessoais pagas por empresas que mantinham contratos com a secretaria. Em setembro de 2014, o inquérito foi arquivado pelo STF.

Com a abertura da nova investigação, os advogados de Chalita recorrem ao Supremo. Questionado, Fernando Haddad disse lamentar a atitude do Ministério Público. "Não contribui com a cidadania, com a transparência. Parece mais atitude para gerar notícia que para gerar resultado."

Fonte: Folha de São Paulo

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