A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que o Governo Dilma Rousseff (PT) enviará ao Congresso Nacional para recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) não terá o apoio da bancada potiguar na Câmara dos Deputados. A maioria dos parlamentares do Rio Grande do Norte declarou, em contato com o portalnoar.com, que votará contra a matéria.
Os deputados federais Rafael Motta (PROS), Felipe Maia (DEM), Rogério Marinho (PSDB) e Antônio Jácome (PMN) se posicionaram contrários á proposta, por considerarem que a criação de novos impostos, onerando a população, não é a melhor alternativa para vencer a crise econômica. Walter Alves (PMDB) ainda não tomou posição. Nossa equipe de reportagem procurou os deputados Fábio Faria (PSD), Zenaide Maia (PR) e Beto Rosado (PP), mas ainda não obteve resposta.
Para Motta, o novo imposto o governo deve buscar outras ferramentas no intuito de amenizar a grave crise financeira que o Brasil enfrenta. “Os brasileiros estão cansados de pagar tantos impostos, o retorno da CPMF não é o caminho para solucionar a crise financeira. A solução passa antes por medidas como a redução do custeio da máquina pública”, declarou o parlamentar.
Felipe Maia ponderou que, em vez de onerar a população, o governo deve mudar sua política econômica. “Sou terminantemente contrário à criação de qualquer imposto no Brasil. A economia precisa de mais oxigênio e não novos impostos. O governo tenta mais uma vez fazer a população pagar pela sua inoperância. Não se preocupa em cortar o custeio da máquina, mas em tirar investimentos em programas sociais, suspender concursos públicos e criar mais impostos”, criticou o democrata.
Na visão de Jácome, embora haja deficiências, o governo não pode onerar mais ainda a população brasileira. “Sou Contrário. O governo tem que buscar outras alternativas que não seja aumento da carga tributária”, frisou.
Rogério Marinho criticou a proposta do governo petista. “A criação da CPMF é prova de que falta ao governo discernimento e iniciativa. A recessão será aprofundada e a crise econômica será ainda mais forte, mas o governo prefere soluções rasas que não tocam no cerne do problema. Não há condições no Brasil para aumento de impostos. O país precisa diminuir o tamanho do Estado, cortando o supérfluo e tendo coragem de adequar o país ao tamanho do seu orçamento”, disse o parlamentar.
Indecisão
Diferente dos colegas de bancada, o deputado Walter Alves disse que ainda não tomou posição. “A volta da CPMF é um assunto novo. O anúncio foi feito ontem. Estamos analisando o conteúdo da proposta do Governo e estudando o caso. Certamente, o partido vai debater esse assunto e, certamente, irá convocar o ou os ministros para explicar e para nos detalhar. Ainda existe a possibilidade do projeto ser modificado. Também entendemos que as dificuldades podem se recair sobre o cidadão, por isso vamos estudar o assunto com calma”, afirmou.
Fonte: Portal Noar
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