Familiares de mortos em queda de avião estão abalados: 'Pior momento'

Parentes e amigos do engenheiro civil Erik Teixeira Rigonato, de 31 anos, que morreu na queda de um avião monomotor em Pirenópolis, a 123 km de Goiânia, estão muito

abalados com o acidente. Além dele, estava na aeronave o funcionário público Guilherme Lima de Sousa, 30, que também não resistiu.

“Os pais dele [Erik] estão tomando medicação, a avó não está sabendo de nada, para ser poupada, o irmão está inconsolável. A irmã foi quem conseguiu liberar o corpo, mesmo assim, abalada. Podemos dizer que é o pior momento para a família e todos nós”, disse Fernando Viana, amigo do engenheiro civil.

O acidente aconteceu na tarde de domingo (20), próximo ao aeroporto de Pirenópolis. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, Erik, que mora em Brasília, e Guilherme, que vivia em Caldas Novas, no sul do estado, passavam o fim de semana na cidade, quando decidiram passear de avião. Pouco tempo depois da decolagem, houve a queda.

Ainda segundo os bombeiros, o avião atingiu uma plantação de bambu que fica às margens GO-338 e ficou completamente destruído com o impacto. Os ocupantes morreram na hora e os corpos ficaram presos nos destroços.

Resgate

Após a operação de resgate, eles foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Anápolis. O primeiro a ter o corpo liberado foi Guilherme, por volta das 7h desta segunda-feira (21). Mais tarde, por volta das 9h30, os parentes de Erik foram até o local para realização do procedimento.

Guilherme, que trabalhava no Fundo de Previdência do Município de Caldas Novas (Caldas Prev), foi levado para o município, onde a prefeitura decretou luto oficial de três dias. Já Erik seguiu para a cidade de Taguatinga (DF), onde deve ser sepultado.

Pouco antes da decolagem, os amigos tiraram uma foto na cabine do monomotor e postaram em uma rede social. Amigo das vítimas, o prefeito de Caldas Novas, Evandro Magal, compartilhou a foto e escreveu uma mensagem de luto. “Que Deus que os receba de braços abertos e console suas famílias”, disse o texto.

Investigação

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) já chegou ao local do acidente e realiza uma perícia no avião desde o fim da manhã desta segunda-feira.

A Polícia Civil também já instaurou um inquérito para apurar as causas da queda. Segundo o delegado Bruno Costa e Silva, responsável pelo caso,  são apuradas as hipóteses de falha mecânica e humana.

“Logo após o acidente, a namorada de um dos rapazes disse a um PM que o piloto tinha pouco tempo de experiência e que estava fazendo acrobacias e brincadeiras no céu. No entanto, ainda vou colher depoimento da mulher e levantar as informações sobre o piloto, se ele tinha liberação para voar, se a aeronave estava regular. Por enquanto, nenhuma possibilidade é descartada”, afirmou o investigador ao G1.

O delegado disse que, ainda nesta segunda-feira, vai começar a ouvir testemunhas e que, nos próximos dias, falará com os familiares das vítimas. “Também já solicitamos as perícias no local e aguardaremos o posicionamento do Cenipa para determinar o que, de fato, causou o acidente”, explicou.

Destroços do avião ficaram espalhados em plantação de bambu (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)

Fonte: G1