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sábado, agosto 08, 2015

Suspeito de matar e esquartejar tia diz que briga foi motivada por cachorra

Denunciado pelo própria pai, polícia prende jovem suspeito de matar a tiaGuilherme Lozano Oliveira, 22, acusado de matar e esquartejar a tia, disse à polícia que os dois brigaram por causa da cachorra do rapaz. A professora Kely Cristina de
Oliveira, 44, teria reclamado da sujeira feita pelo animal.

Guilherme foi preso em flagrante na noite da última quarta-feira (5) sob suspeita de matar a tia e esquartejar o corpo –partes foram deixadas dentro do freezer de uma geladeira do apartamento. "Eu sabia que ela estava lá, no freezer, e isso me fazia muito mal", afirmou Guilherme em depoimento.

O acusado confessou, segundo a polícia, que perdeu a cabeça quando Kely passou a falar que ele teria de dispensar a cachorra por conta da sujeira. "Ela começou a bater as portas, mas, quando falou na cachorra, eu me descontrolei. Dei uma chave de braço e, quando percebi ela já estava morta", explicou. Ele é lutador de jiu-jítsu.

"Ela sempre foi muito boa comigo", afirmou Guilherme à polícia. "Na noite anterior, havíamos comido pizza juntos, vimos um filme. Mas na manhã foi diferente. Dei bom dia e ela me xingou, começou a bater as portas resmungando. Ela tinha isso, era bipolar. Um dia estava rindo, no outro me xingava."

Em seu depoimento, Guilherme Oliveira ressaltou que pensou em ligar à polícia logo após matar a tia, mas desistiu pelo medo de perder contato com a filha de 2 anos. "Mas eu pensei, sou condenado. Nunca vão acreditar na minha história. Eu não queria perder minha filha", disse.

"Perdi minha irmã e, provavelmente, um filho também", afirmou o aposentado Marco Antônio Oliveira, 48, pai de Guilherme nesta sexta-feira (7). Guilherme foi preso após seu próprio pai, o aposentado Marco Antônio Oliveira, 48 anos, acionar um carro da PM por desconfiar do sumiço da irmã. Ele deve prestar depoimento na semana que vem.

O acusado teve a prisão preventiva por 30 dias decretada pela Justiça. O delegado Milton Toschi Junior, responsável pelo inquérito, deve indiciá-lo por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e tentativa de fuga.

Promotora que conseguiu a condenação de Guilherme Oliveira pelo assassinato de Johni Raoni Falcão Galanciak, 25 anos, em 2011, Mildred de Assis Gonzalez disse que é tendência dos juízes manterem em liberdade condenados que usufruem do direito antes do julgamento e depois entram com recurso pela apelação.

"No nosso entendimento, cada caso merecia um detalhamento especial para rever essa situação. Como era o perfil dele", disse.

A promotora se refere especificamente aos mais de 11 citações a Oliveira em ocorrências registradas na Polícia Civil por conta do envolvimento de Guilherme com grupos racistas.

Fonte: Folha de São Paulo

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