Afiliados da Al-Qaeda na Síria disseram nesta segunda-feira (10) que estavam se retirando de áreas próximas à fronteira com a Turquia onde Ancara e Washington esperam expulsar partidários do Estado
Islâmico.
A movimentação da Frente Nusra é anunciada duas semanas após a Turquia começar a realizar ataques aéreos contra alvos do Estado Islâmico na Síria. A Turquia também concordou em permitir que aviões de combate contra alvos do Estado Islâmico. O governo turco também permitiu que aviões dos EUA usem a estratégica base aérea de Incirlik para operações contra os militantes na Síria. Os dois países concordaram com um plano para criar uma zona livre do Estado Islâmico na área da fronteira.
No domingo, seis caças F-16 dos EUA chegaram a Incirlik para se unir à coalizão contra os militantes do Estado Islâmico, segundo as Forças Armadas norte-americanas, após o ministro das Relações Exteriores da Turquia dizer que um confronto “extensivo” contra os extremistas começaria em breve.
A Frente Nusra e o Estado Islâmico estão comprometidos para garantir que o Estado Islâmico controle a Síria, mas mostram divisões e já entraram em confronto entre si. Autoridades dos EUA disseram que uma célula da Frente Nusra planejava ataques contra interesses ocidentais e aviões norte-americanos realizaram ataques contra alvos do grupo, como parte de sua campanha na região.
Não está ainda claro de quais áreas a Frente Nusra já se retirou. O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos afirmou que já o grupo deixou duas áreas e foi substituído por membros da Frente Levante, uma coalizão de vários grupos insurgentes. A Frente Nusra disse em comunicado que é contra sua religião se unir à coalizão liderada pelos EUA ou receber ajuda do país.
Fonte: Estadão
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