Ao ser substituído no empate entre Corinthians e Coritiba neste domingo, Vágner Love estava visivelmente incomodado: cabeça baixa, alguns palavrões. Talvez
frustração com a enxurrada de críticas que vem recebendo da torcida, talvez irritação com Tite. A fase do atacante não é boa mesmo: ele vive a maior seca de sua carreira e fica muito atrás dos camisas 9 de seus rivais Paulistas.
No Corinthians, Love marcou apenas cinco gols em 27 jogos. A média de apenas 0,17 gol por jogo com a camisa alvinegra é, disparada, a pior de sua carreira. Pelo Palmeiras, em duas passagens, marcou 0,6 gol por jogo; pelo CSKA, da Rússia, 0,48 gol/jogo; pelo Shandong Luneng, da China, 0,66 gol/jogo. Uma média de 0,63 gol/jogo pelo Flamengo completa sua respeitável carreira de goleador.
A realidade diferente com a camisa do Corinthians é exarcebada por uma simples comparação com rivais. Nesta temporada, todos os centroavantes dos rivais paulistas – São Paulo, Palmeiras e Santos – vivem uma relação melhor com o gol do que Vágner Love.
No São Paulo, Luis Fabiano, que vive má fase, marca 0,25 gol por jogo; Pato, por sua vez, traz uma boa média de um gol a cada duas partidas. No Palmeiras, Leandro Pereira (0,36 gol/jogo) e Cristaldo (0,37 gol por jogo) aparecem à frente de Love. No Santos, Ricardo Oliveira marca 0,56 gol por jogo, e é o centroavante mais eficiente dentre os quatro times.
Em meio a maior seca de sua carreira, o camisa 9 do Corinthians se esforça, corre, luta – e tem encontrado outras formas de contribuir. Na semana passada, diante do Atlético-PR, arrancou pela esquerda e deu assistência para Malcom. Neste domingo, acertou um bom chute de fora da área, espalmado pelo goleiro Wilson, do Coritiba; do escanteio resultante saiu o gol de Felipe.
Até agora, entretanto, não tem sido suficiente para conquistar a torcida, que tem frescas nas memórias as atuações de Paolo Guerrero. Por enquanto, o alvinegro não outras opções com as características de um goleador, que possam substituir Love.
Raça e dedicação são características apreciadas pela torcida corintiana, e que podem dar mais tempo e paciência para Love. O melhor caminho para que o camisa 9 espante a má fase e caia nas graças dos corintianos, entretanto, é fazer as pazes com os gols.
Fonte: Uol
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