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domingo, junho 07, 2015

Vilão da Copa-2002 já foi preso, ajudou times e ressurge após crise na Fifa

Byron Moreno na polêmica eliminação da Itália na Copa de 2002Uma das primeiras reações na Itália após as prisões dos dirigentes da Fifa na semana passada foi lembrar a Copa do Mundo de 2002. A
eliminação polêmica para a anfitriã Coreia do Sul nas oitavas de final ainda não foi esquecida. E agora, diante de novas acusações de fraudes e interesses financeiros, um vilão para os italianos ressurgiu: Byron Moreno, o árbitro que prejudicou a Azzurra, acumulou punições e chegou até a ser preso por tráfico de drogas.

Equatoriano, Byron Moreno foi tema de matérias nos principais jornais italianos nos últimos dias. A Gazzetta dello Sport, por exemplo, lembrou da "noite assombrosa de 2002" e reforçou que "aquela partida ainda segue sob forte suspeita". O Corriere dello Sport, por sua vez, fala que para a Fifa é "melhor proteger os interesses do país anfitrião" numa Copa e resume o currículo comprometedor do árbitro.

O fato é que Byron Moreno não economiza em argumentos contra sua conduta. No jogo entre Coreia do Sul e Itália, uma expulsão, um pênalti e um gol legítimo anulado, todos prejudicando os italianos, foram decisivos na classificação dos anfitriões asiáticos.

Algo parecido aconteceu no futebol equatoriano no mesmo ano. A LDU, atuando em casa, contou com 13 minutos de acréscimos para virar a partida, sendo que ele havia sinalizado "apenas" seis minutos, já contestados.

As duas polêmicas, reunidas, renderam ao árbitro uma suspensão de 20 jogos e uma investigação. Pouco depois de voltar do "gancho", nova suspeita: Byron Moreno expulsou três jogadores do time visitante numa partida no Equador. Resultado: nova suspensão e a carreira encerrada logo na sequência.

Ele se tornou comentarista de TV, mas voltou a ser notícia no mundo em 2010. Em setembro daquele ano, foi preso com seis quilos de heroína no aeroporto JFK, de Nova York. Condenado a 30 meses de prisão nos Estados Unidos, cumpriu 26. Saiu antes por bom comportamento na casa de detenção, onde voltou a fazer o que o consagrou: apitar jogos de futebol.

Na oportunidade, Byron Moreno alegou que tinha dívidas com pessoas ligadas ao tráfico e que sua família estava em perigo, por isso aceitou transportar a droga. A polícia norte-americana não o perdoou. Os italianos também não, 13 anos depois.

Fonte: Uol

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