A estação das chuvas chegou e com ela pode ser observado um aumento significativo dos casos de gripes, viroses e casos suspeitos de dengue. A Secretaria estadual de
saúde decretou epidemia de dengue no Rio Grande do Norte o que vai exigir que o estado intensifique as ações de combate à doença. Foram notificados 6. 902 casos de dengue no Estado, destes 1.868 apenas na capital.
O cenário epidêmico foi decretado em função do aumento significativo no número de notificações. O aumento de casos de dengue este ano é 169,82% maior em comparação ao mesmo período do ano passado. Deste total, houve 523 confirmações da doença e uma morte confirmada O prazo para diagnóstico laboratorial é de 60 dias. Quanto aos óbitos por dengue, 7 casos foram notificados e 1 confirmado, no município de Natal.
Diante deste quadro epidemiológico as infecções virais que aumentam com as chuvas tem elevado a demanda de pacientes nas urgências médicas, principalmente crianças, mais sensíveis às mudanças de temperatura. Em Natal, as notificações da dengue são maiores nos distritos Norte I e II e distrito Oeste, segundo dados do Boletim Epidemiológico da Dengue.
Lyz Helena, diretora médica do hospital Antônio Prudente do Hapvida Saúde, lembra que a umidade trazida pelas chuvas contribui para o aumento dos casos de doenças respiratórias. As crianças são as que mais sofrem com esse período e muitas vezes estão mais suscetíveis aos vírus que circulam em ambientes fechados, como de creches e escolas. “Afastar a criança do ambiente escolar no surgimento do primeiro sintoma é fundamental para preservar a criança e os demais alunos”, alerta a médica.
Para evitar o contato com outras doenças é importante saber a hora de levar o paciente à urgência. No caso das crianças, após o cuidado inicial de manter a criança em casa após os primeiros sintomas. O pediatra Ailson Rosa destaca que nem sempre levar a criança ao médico nas primeiras horas da febre ajuda a acelerar a melhora do quadro. “Nas primeiras 24 horas de febre é indicado que esta seja controlada em casa, com remédio e o muito líquido. Já em caso de febre muito alta, convulsões e diarreia é importante procurar o pronto atendimento imediatamente”, explica Aílson Rosa, pediatra do Hapvida.
Gripe, resfriado ou dengue?
A dúvida surge quando aparecem os primeiros sintomas das infecções virais, popularmente conhecidas como viroses, bastante comuns em épocas de chuva. Em adultos e crianças, o resfriado apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, como congestão nasal, secreção nasal (rinorréia), tosse e rouquidão. A febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, dores musculares (mialgia) e dor de cabeça (cefaléia).
Na gripe, os sintomas são mais intensos e costumam aparecer aproximadamente 24 horas depois do contágio, e podem ser: febre geralmente acima de 38ºC, dor de cabeça, dor nos músculos, calafrios, prostração (fraqueza), tosse seca, dor de garganta, espirros e coriza. Podem apresentar, ainda, pele quente e úmida, olhos hiperemiados (avermelhados) e lacrimejantes.
A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus. O tempo médio do ciclo é de 5 a 6 dias, e o intervalo entre a picada e a manifestação da doença chama-se período de incubação. É só depois desse período que os sintomas aparecem. Geralmente os sintomas se manifestam a partir do 3° dia depois da picada do mosquitos. Existem quatro tipos de dengue, pois o vírus causador da dengue possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo, mas imunidade parcial e temporária contra os outros três. A melhor maneira de combater esse mal é atuando de forma preventiva, impedindo a reprodução do mosquito.
Fonte: Portal JH
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