O comerciante Itamir Fogaça da Silva, de 45 anos, morreu na manhã desta quinta-feira (12) atacado por pelo menos seis cães em um imóvel na Rua Soldado
Cristóvão Morais Garcia, na Vila Maria, Zona Norte de São Paulo, de acordo com o Corpo de Bombeiros.
A corporação informou que Itamir pulou o muro da residência onde vivia a mãe dele, Marlene Vieira Coco, e acabou atacado.
Segundo testemunhas, ele estava preocupado porque não conseguia contato com a mãe. Os bombeiros constataram depois que a mulher estava morta no interior do imóvel. A suspeita é que ela morreu de causas naturais.
A idosa tinha cerca de 80 anos e era acumuladora de objetos e animais, segundo Jade Eline Santana da Silva, de 20 anos, que é filha de Itamir.
A família não tinha contato com ela havia 18 dias, por isso o comerciante decidiu entrar no quintal. Jade conta que a avó costumava se trancar em casa e ficar longos períodos sem dar notícias.
Itamir morava na casa ao lado com a mulher e dois filhos. Segundo Jade, os animais conheciam o comerciante.
Cães famintos
Peritos que estiveram no imóvel dizem que a idosa morreu entre 15 e 18 dias atrás, por isso acreditam que os animais estavam famintos – o que pode ter motivado o ataque.
Seis equipes dos bombeiros foram até a residência, chamados pelos vizinhos que ouviram os gritos de socorro, e constataram a morte do homem. Segundo a corporação, Itamir teve o rosto desfigurado pelos cães.
Por volta das 13h30, os cachorros eram retirados do quintal da residência. Um dos animais precisou ser sacrificado porque atacou a equipe que tentava socorrer o comerciante, segundo a polícia.
Cão é recolhido por funcionário da prefeitura (Foto: Mário Âneglo/Sigma Press/Estadão Conteúdo)
Equipes do Centro de Controle de Zoonoses foram até o imóvel e retiraram cinco cães. Foram usados tranquilizantes nos animais. Eles serão levados para uma unidade em Santana, na mesma região da cidade.
Segundo a polícia, os cães não tem raça definida, mas alguns deles são misturados com a raça pitbull.
O Corpo de Bombeiros diz que acionou o Centro de Controle de Zoonoses, da Prefeitura de São Paulo, no fim da manhã para remover os cães, mas que o atendimento foi recusado em um primeiro momento.
O G1 procurou a Secretaria Municipal da Saúde, que responde pelo centro, e aguarda um retorno.
Fonte: G1
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