Pelo menos 90 pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas em um ataque do grupo radical islâmico Boko Haram na pequena cidade camaronesa de Fotokol, na fronteira
com a Nigéria, nos últimos dois dias, segundo autoridades de Camarões.
O massacre, executado por cerca de 800 homens, seria uma retaliação à retomada da cidade de Gamboru, do outro lado da fronteira, na Nigéria, pela força militar conjunta do país e do Chade, numa ação que teria matado mais de 250 extremistas.
O grupo invadiu Fotokol atirando e incendiou "igrejas, mesquitas e vilarejos", segundo o ministro de Comunicação do Camarões, Issa Tchiroma Bakari. "Eles mataram jovens que resistiram a se unir a eles para lutar contra as forças camaronesas", disse o ministro na quinta-feira (5).
"Consideramos o Boko Haram um câncer, e se a comunidade internacional não colocar seu foco sobre essa doença, ela vai se espalhar não só pela África Central, mas por outras regiões, por todo o continente", afirmou Bakari.
Autoridades da União Africana estavam finalizando planos, nesta quinta, de instalar uma força multinacional para conter o avanço do Boko Haram.
Na última semana, o bloco africano já havia autorizado a formação de uma força de 7.500 homens da Nigéria, de Camarões, do Chade, do Níger e de Benin.
O presidente francês, François Hollande, disse que irá ajudar com armas, apoio logístico e operacional.
A milícia radical, que quer impor um califado no norte da Nigéria, tem intensificado seus ataques diante da proximidade das eleições presidenciais nigerianas, que ocorrem no próximo dia 14.
Fonte: Folha de São Paulo
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