Pelo menos 10 policiais morreram e 28 ficaram feridos nesta quinta-feira (4) em confrontos com insurgentes islamitas no centro de
Grozni, capital da Chechênia.
Além dos 10 integrantes das forças de segurança, nove criminosos morreram, informaram as autoridades russas e o presidente checheno Ramzan Kadyrov.
Segundo o Comitê Nacional Antiterrorismo, um grupo de rebeldes iniciou o ataque durante a madrugada a partir de um posto rodoviário. Depois os combates prosseguiram em uma escola e em um prédio conhecido como "Casa da Imprensa", sede de vários de meios de comunicação locais.
As autoridades não determinaram se os prédios eram os alvos do grupo ou se os insurgentes se viram obrigados a invadir os locais depois que foram detectados. Também não informaram se a ação era de apenas um comando ou de vários.
O movimento islamita Emirado do Cáucaso reivindicou os ataques no site "kavkacenter" e revelou que aconteceram por ordem do novo líder do grupo, o xeque Ali Abu Muhammad.
"Vários combatentes entraram na cidade. Combateremos até a morte", afirma um homem em checheno em um vídeo divulgado pelo mesmo site.
Os combates começaram em um posto rodoviário de Grozni perto do edifício da imprensa e de uma escola, que foram ocupados pelos insurgentes.
As autoridades não determinaram se o prédio era o alvo do grupo ou se os insurgentes se viram obrigados a invadir o local depois que foram detectados.
Também não informaram se a ação era de apenas um comando ou de vários.
Muitos rebeldes estão cercados nos andares superiores do edifício da imprensa, segundo o Comitê Nacional Antiterrorista.
"Outros estão na escola e estão fortemente armados", afirmou o presidente checheno. De acordo com Kadyrov, as operações das forças de segurança estão chegando ao fim.
Os últimos confrontos na Chechênia, região instável que envolveu a Rússia em duas guerras nos últimos 20 anos, aconteceram algumas horas antes de o presidente russo, Vladimir Putin, fazer seu discurso anual sobre o estado na nação.
No início de outubro, cinco policiais morreram e 12 ficaram feridos em uma explosão quando tentavam evitar um atentado suicida em Grozni.
Após a primeira guerra da Chechênia (1994-1996) entre as forças federais russas e os separatistas, a rebelião foi assumindo um caráter religioso até se transformar, no início dos anos 2000, em um movimento islâmico armado em todo o Cáucaso Norte.
Os rebeldes caucasianos enviaram muitos combatentes para o grupo Estado Islâmico (EI), implantado no Iraque e na Síria.
Ao que parece, o EI apoia a luta dos jihadistas chechenos contra o governo russo.
O EI divulgou recentemente um vídeo com a ameaça de provocar uma guerra na Chechênia.
Fonte: G1
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