O ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB), admitiu hoje que o PMDB não tem compromisso com a reeleição do prefeito de Natal,
Carlos Eduardo Alves (PDT), no entanto, o peemedebista disse que sua preferência pessoal é a a reeleição do chefe do executivo municipal.
“Eu acho que todos os peemedebistas, principalmente aqueles que detém cargos de direção do partido, devem ser ouvidos. Aí se tem já uma entrevista de alguns vereadores, e acho que, claro, têm todo direito de se pronunciar como eu tenho. Agora o meu candidato, sendo ouvido, e todos devem ser ouvidos, é o prefeito Carlos Eduardo, candidato à reeleição”, disse Garibaldi.
Apesar da opinião pessoal, o ministro disse que o PMDB não tem compromisso formal com a reeleição de Carlos Eduardo. “Não nós não temos compromisso firmado, a não ser o fato de que ele foi correto, teve um empenho muito grande no sentido de que o deputado Henrique pudesse ser eleito. Além da administração que ele vem realizando”, declarou, acrescentando que esses são os fatores que o levam a declarar este apoio de forma tãpo antecipada. “Muitos poderiam até dizer que é prematuro, mas como já se anda falando, eu também posso falar”, justificou.
PMDB
Embora o ministro Garibaldi seja das vozes mais fortes dentro do PMDB, o partido discute interna e publicamente a sucessão de 2016 em Natal. O presidente do diretório municipal, deputado estadual reeleito Hermano Morais, disse em recente entrevista que não há compromisso do PMDB com a reeleição do prefeito Carlos Eduardo Alves.
Nesta quarta-feira, foi a vez do deputado estadual reeleito Gustavo Fernandes (PMDB) declarar que não havia acordo do PMDB com o PDT em torno da reeleição do prefeito. Ele disse nunca ter ouvido do presidente do PMDB, Henrique Alves, que há compromisso com Carlos Eduardo. “Eu nunca escutei de Henrique dizer qual era a posição do PMDB, se irá com Carlos ou se teria candidatura própria”, declarou.
Para Fernandes, caberá ao deputado estaudal Hermano Morais, que disputou a eleição passada contra Carlos Eduardo e ficou em segundo lugar, falar sobre o assunto. “Se Hermano for candidato novamente, sua candidatura será legítima, porque foi inclusive bem votado. Mas quando for mais próximo, o PMDB vai decidir se compõe com Carlos, se disputa contra ele ou se comporá com outros partidos”.
ANTECIPAÇÃO
O pleito de 2016 voltou à tona com o resultado das urnas de 2014. Ainda no calor do discurso da vitória, o governador eleito Robinson Faria (PSD) lançou o nome do deputado estadual reeleito Fernando Mineiro (PT) candidato dele a prefeito da capital. Mineiro seria o segundo pré-candidato inscrito. O primeiro, natural, seria o prefeito Carlos Eduardo, que se lançou candidato à reeleição também no calor da vitória de 2012, quando disse que não seria candidato a governador e que disputaria a reeleição em 2016.
Além de Carlos Eduardo e Mineiro, outros nomes são vistos como prováveis candidatos nas eleições de 2016: Robério Paulino (PSOL), que teve um bom desempenho como candidato a governador, obtendo 22% dos votos na capital, e o deputado federal eleito Rogério Marinho (PSDB), que também poderá disputar novamente o cargo.
Numa outra frente, começa a ser ventilada a candidatura do deputado federal Felipe Maia (DEM). Filho do senador José Agripino Maia (DEM), o parlamentar federal está no terceiro mandato de deputado federal e poderá ser “testado” pelo partido como candidato nessas eleições de 2016.
“Expectativa é que Robinson faça um bom Governo”
Abordado sobre o futuro governo Robinson Faria (PSD), o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, afirmou que sua expectativa é no sentido de que o atual vice-governador de Rosalba Ciarlini (DEM) execute um bom governo. “Expectativa é que o governador eleito faça um bom governo, é o que todos nós desejamos”, declarou o ministro.
Correligionário do candidato do PMDB, Henrique Alves, derrotado por Robinson nas urnas de outubro, Garibaldi foi governador do Estado por suas ocasiões, e atualmente está licenciado do Senado, para desempenhar funções de ministro de Estado da Previdência Social. “Como cidadão norte-rio-grandense, espero que Robinson realize uma boa gestão”, diz.
Também como cidadão, desta feita, brasileiro, o ministro também abordou o escândalo da Petrobras. “Quanto à Petrobras, falo como qualquer brasileiro, ou cidadão: espero que tudo seja apurado e os que cometeram crimes possam ser punidos e a impunidade não prevaleça. Principalmente diante de números tão gingantescos com relação ao que foi desviado”, afirmou.
“Como não recebi sinal de permanência, minha expectativa é de missão cumprida”
O ministro Garibaldi, que na semana passada, num gesto da praxis política, entregou carta-demissão à Presidência da República, admitiu hoje que não alimenta expectativa de permanecer no cargo a partir de janeiro do ano que vem. Garibaldi disse que, mesmo sendo convidado para voltar à pasta, terá de examinar a possibilidade. “Entreguei a carta, mas está sendo dado prioridade à equipe econômica. Há grande expectativa em torno disso. Depois a presidente vai cuidar dos demais ministérios”, afirmou.
Sobre sua permanência, afirmou que não recebeu nenhuma sinalização da presidente ou do ministro chefe do gabinete civil, Aloizio Mercadante. “Eu não tenho como dizer nada porque a própria presidente não mandou me dizer nada. O Mercadante não me disse nada. Diante disso, minha expectativa é que eu venha a considerar que meu dever foi cumprido, e voltar para o Senado. Eu não recebi da parte deles nenhuma sinalização e então minha expectatiava é essa”.
Instado a dizer se aceitaria permanecer, Garibaldi afirmou que precisaria examinar. “De pronto não posso adiantar. Se por acaso houver o convite, vou examinar qual seria minha opção: Se permanecer no Ministério, se houver o convite, e não estou cogitando de que haja o convite, minha expectativa é de que não vai haver, mas, se por acaso houvesse, iria examinar qual seria a melhor opção”.
SENADO
Caso volte ao Senado, o ministro Garibaldi teria o nome disponibilizado para concorrer à Presidência da Casa. No entanto, ele não cogita disso em razão do atual presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL), possivelmente, o nome do PMDB para a função.
“Creio que o senador Renan Calheiros, acredito, deverá ser candidato. Em sendo candidato, ele que reúne as maiores possibilidades de ser eleito. Na hipótese remota de ele não ser candidato, é que a bancada tem vários nomes, que são esses que estão sendo ventilados, pela imprensa nacional”, afirmou o ministro
Citando os nomes dos senadores Eduardo Braga, Eunicio Oliveira e Luis Henrique, Garibaldi disse que suas chances são remotas. “Então eu creio que as minhas possibilidades de ser novamente candidato e, novamente, presidente do Senado não são grandes, apesar de eu ter sido incluído nessa hipótese de Renan não ser candidato nessas cogitações”.
Fonte: Portal JH
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