Um policial que ficou ferido no atentado da manhã desta terça-feira (18) a uma sinagoga em Jersualém não resistiu aos
ferimentos e morreu horas depois do episódio, informam as agências France Presse e Associated Press. O atentado foi realizado por dois homens, supostamente palestinos, que entraram com facas, machados e uma pistola no momento da oração em uma sinagoga no bairro ultraortodoxo de Har Nof.
Os homens mataram quatro isralenses e depois foram mortos baleados pela polícia. Com a morte do policial, o total de vítimas subiu para cinco.
As quatro vítimas tinham dupla cidadania - um deles tinha nacionalidade britânica, o que foi confirmado pelo governo do Reino Unido, e os demais tinham nacionalidade americana, informou a France Presse com base na polícia local.
O serviço de emergência de Israel disse que pelo menos oito pessoas foram gravemente feridas.
Ataque mortal
Segundo a agência Reuters, o ataque é omais mortal ataque na cidade em seis anos. A Frente Popular para a Libertação Palestina (FPLP) disse ter realizado o ataque.
“Declaramos total responsabilidade da FPLP pela execução desta heróica operação conduzida por nossos heróis nesta manhã em Jerusalém”, disse Hani Thawbta, um líder do movimento em Gaza.
O premiê israelense Benjamin Netanyahu, declarou que ordenou às forças de ordem de Israel a "destruição das casas dos terroristas" e o reforço das medidas punitivas contra aqueles que "incitam o ódio" para aumentar a segurança em Jerusalém.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, violentamente criticado por Israel, condenou a "morte de fiéis que oravam em uma sinagoga", assim como "a morte de civis independente do lado".
De acordo com a Reuters, o grupo palestino Hamas comemorou o ataque. O porta-voz do grupo Sami Abu Zuhri disse "O Hamas abençoa a operação heroica em Jerusalém e a considera uma reação natural à execução do mártir Youssef Al-Ramouni e aos incessantes crimes cometidos pela ocupação israelense da mesquita Al-Aqsa. O Hamas conclama pela continuação das operações de vingança e reafirma que a ocupação israelense é responsável pelas tensões em Jerusalém por causa dos crimes corriqueiros cometidos pelos colonos."
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou o ataque e pediu calma a israelenses e palestinos. "Neste momento delicado em Jerusalém, é muito importante que os líderes israelenses e palestinos e que as pessoas comuns atuem juntos para reduzir as tensões, rejeitar a violência e buscar um caminho para a paz", disse.
O secretário de Estado americano, John Kerry, chamou de ato de "puro terror e de brutalidade sem sentido", ao mesmo tempo que pediu aos dirigentes palestinos que denunciem o ataque.
A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, por sua vez, também condenou o ataque e pediu calma aos líderes da região para evitar uma escalada da violência.
"O ataque esta manhã prejudica o caminho para a paz. É um ato de terror contra devotos e condenável em qualquer ponto de vista", afirmou, acrescentando que a "falta de avanços no processo de paz contribui para a escalada da violência, por isso chegou o momento para as duas partes fazerem compromissos".
Resposta
Segundo a France Presse, o Hamas disse que "o ataque é uma resposta ao assassinato do mártir Yusef Ramuni", um motorista de ônibus palestino encontrado morto no domingo em seu veículo em Jerusalém Ocidental.
A polícia israelense concluiu após a necropsia que Ramuni cometeu suicídio, ao contrário de um médico palestino, segundo a família, que examinou o corpo do motorista, um palestino de Jerusalém Oriental de 32 anos.
A descoberta do corpo de Ramuni aumentou ainda mais a tensão em Jerusalém, que desde junho entrou em um ciclo de violência sem trégua entre israelenses e palestinos.
A Rússia pediu a israelenses e palestinos que "adotem medidas urgentes para conter os extremistas cujas ações ameaçam agravar a situação".
Fonte: G1
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