O Grêmio entrou, na noite desta sexta-feira, com recurso no STJD e pedido de efeito suspensivo para anular a pena imposta em primeira
instância que excluiu o clube da Copa do Brasil por conta dos atos racistas contra o goleiro Aranha, do Santos, no último dia 28. A ideia do clube é não deixar a competição seguir até a segunda instância em julgamento no Pleno que ainda não está marcado.
O clube esperou o recebimento do acórdão e entrou no início da noite com os pedidos no STJD. O recurso era algo anunciado pelos advogados gremistas tão logo o primeiro julgamento foi encerrado.
A ideia é parar sorteios de arbitragem e demais questões referentes a Copa do Brasil até que a chave de Grêmio e Santos esteja decidida, seja por jogo ou ainda pela exclusão do clube. Se o pedido for deferido, a pena inicial é anulada até o segundo julgamento, que será marcado pelo Tribunal.
Em primeira instância, o Grêmio foi considerado culpado pelos atos racistas de alguns torcedores no duelo de ida das oitavas de final, na Arena. Na ocasião, um grupo chamou o goleiro Aranha de 'macaco' durante o segundo tempo do duelo, vencido pelo alvinegro do litoral paulista por 2 a 0. Além disso, foi imposta ao Grêmio uma multa de R$ 54 mil.
As alegações gremistas são que o clube faz campanhas repetidas para coibir a discriminação e que identificou e puniu os responsáveis por tais atos. Além de ter entregue à polícia imagens do sistema interno de câmeras do estádio que auxiliaram na investigação policial.
Polícia já ouviu 10 pessoas
A Polícia Civil de Porto Alegre já ouviu 10 pessoas no caso de injúria racial contra o goleiro Aranha, do Santos. A principal investigada no caso, Patrícia Moreira, flagrada pelas câmeras de transmissão do jogo chamando o camisa 1 santista de 'macaco', concedeu entrevista nesta sexta e pediu perdão. Ela havia prestado depoimento na quinta-feira.
Segundo o comissário Lindomar Souza, já há razões suficientes para indiciar alguns torcedores gremistas. A pena por injúria racial é de 1 a 3 anos de detenção, mas cabe pagamento de fiança.
Fonte: Uol
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