Por causa da superlotação do Hospital da Mulher, em Mossoró, bebês recém-nascidos de mães diferentes estão dividindo o mesmo berço. Além disso, faltam leitos para
mães que já chegam à unidade em trabalho de parto. Nesta quinta-feira (4), a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) cobrou da Prefeitura de Mossoró o retorno no atendimento de baixo e médio risco, que está suspenso desde que a maior maternidade do município fechou há quase um mês. A assessoria da Prefeitura de Mossoró informou que irá definir onde realizará o atendimento de baixo risco na próxima semana.
“Eu estou perdendo líquido desde 4 horas da manhã, mas não tem vaga pra mim”, diz Eliete Luzia da Costa. Mossoró atende gestantes de alto risco de 64 municípios da região Oeste. A demanda é de mais de 600 partos por mês e o Hospital da Mulher só tem estrutura física pra fazer 200 desses partos.
O problema se agravou há cerca de um mês com o fechamento da Casa de Saúde Dix-Sept Rosado. “Para e ter uma ideia quando a Maternidade e Casa de Saúde Dix-Sept Rosado estava aberta ela tinha 70 leitos, com mais 38 aqui do hospital nós tínhamos 108 leitos e muitas vezes havia situações das duas unidades ficarem lotadas”, disse Inavan Lopes, diretor do Hospital da Mulher.
Nesta quinta-feira (4) o secretário de Saúde do estado, Luiz Roberto Fonseca, esteve no hospital e disse que o município de Mossoró terá até terça-feira para resolver como e onde voltará a atender os pacientes de baixo e médio risco. “O Hospital da Mulher está cumprindo uma missão que não é a sua, sem ter estrutura para fazê-lo. Mas nós demos um prazo até terça-feira para que Mossoró nos aponte qual é o local onde será feito o acolhimento do parto de baixo e médio risco. Aqui será dada prioridade às pacientes de alto risco. As pacientes de baixo risco, infelizmente, o Hospital da Mulher não terá condições de dar assistência e o município de Mossoró terá que buscar alternativas para garantir a assistência dessas pacientes”, disse o secretário.
Fonte: G1
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