Apesar de atuar com um jogador a mais todo o segundo tempo, após a expulsão do improvisado lateral direito Dankler, o desfalcado
Atlético-MG sofreu para vencer o Botafogo, por 1 a 0, na tarde deste domingo, no Estádio Independência. O alvinegro mineiro entrou em campo sem 15 jogadores, impedidos de jogar por lesão, suspensão e convocação para a seleção brasileira, e fez seu único gol, aos 24 min da etapa final, por meio do zagueiro Leonardo Silva.
Dessa forma, o Atlético-MG chegou a 30 pontos, assumindo a sétima colocação e evitando se distanciar do G4 do Brasileiro e mantendo o bom retrospecto como mandante. Foi a quinta vitória seguida no Independência, quatro pelo Brasileirão e uma pela Copa do Brasil, sobre o Palmeiras, na última quinta-feira, por 2 a 0, quando se classificou para as quartas de final do torneio. Já o Botafogo voltou a perder no Nacional, o que não acontecia há dois jogos, e se manteve com 22 pontos, não conseguindo se afastar mais da zona de degola.
As fases do jogo:A etapa inicial do jogo teve domínio, em sua maior parte, do Atlético-MG, que tomava a iniciativa de ataque, mesmo com o pouco entrosamento de seu meio-campo, bastante mudado. O Botafogo, que perdeu Rogério, substituto de Emerson Sheik, aos 17 min, após choque de cabeça com Edcarlos, priorizava a marcação e só contra-atacava na boa. Dessa forma, o time atleticano criou um número maior de oportunidades, quase sempre em jogadas de velocidade com Marcos Rocha e Luan.
As chances atleticanas, no entanto, esbarravam na má pontaria dos atacantes e na ineficiência de Jô, sumido do tempo inicial, ou terminavam em defesas do goleiro Andrey. Na reta final, da primeira etapa, o Botafogo teve momentos de controle da partida e ameaçou com mais consistência o gol defendido por Victor. Aos 39 min, após cobrança de escanteio, o zagueiro André Bahia cabeceou, a bola desviou em Edcarlos e foi a escanteio, não aproveitado pelo time visitante. Essa fase foi muito disputada, mas com pouca técnica.
O Atlético-MG voltou com o meia-atacante Guilherme, que não jogava há 15 dias, no lugar do jovem volante Eduardo. E o segundo tempo começou com a expulsão do improvisado lateral direito Dankler, que já tinha amarelo e foi expulso após falta em Carlos. Vágner Mancini tirou Zeballos e colocou Rodrigo Souto para recompor o sistema defensivo. Se no primeiro tempo, com 11, já havia priorizado a marcação, com um homem a menos, as incursões ofensivas botafoguenses foram ainda menores.
O Atlético-MG, que perdeu mais um jogador por contusão – o volante Rafael Carioca, substituído por Fillipe Soutto –, não conseguia aproveitar a vantagem numérica para ampliar o marcador. O time desperdiçou chances, mas permitia contra-ataques perigosos à essa altura para a equipe visitante, deixando a partida aberta até o final.
O melhor: Leonardo Silva – Atuou firme na marcação e foi decisivo, ao fazer o gol de cabeça, após cobrança de escanteio, garantindo mais um triunfo sofrido atleticano no Brasileirão.
O pior: Dankler– O zagueiro, que atuou improvisado como lateral direito, mostrou dificuldade desde o início do jogo com sua nova função, sofrendo para marcar o jovem atacante atleticano Carlos. No primeiro minuto do segundo tempo, ele fez falta dura em Carlos e foi expulso, deixando seu time com 10 jogadores em campo.
A chave do jogo: Expulsão de Dankler –Numa partida equilibrada, em que os dois times tinham desfalques – mais o Atlético-MG, com 15 ausências –, jogar toda a etapa final com um atleta a menos faz grande diferença. Foi o que aconteceu no Independência, quando Dankler levou vermelho no primeiro minuto da etapa final e prejudicou o Botafogo, que não conseguiu resistir à pressão do alvinegro mineiro.
Toque dos técnicos:Sem poder contar com o equivalente a um time inteiro e mais quatro reservas, o técnico Levir Culpi armou o Atlético-MG para jogar em velocidade, com Luan e Carlos, mas, quando essa estratégia não funcionava a bola aérea virou arma. E foi assim que saiu o gol da vitória, marcado por Leonardo Silva, em cabeçada, após cobrança de escanteio de Luan. "Tivemos os desfalques dos nossos principais jogadores de referência na criação", observou o goleiro Victor. O Botafogo também sentiu a ausência de alguns titulares, como Emerson Sheik. Sem muitas opções, Vágner Mancini fez o possível, mesmo com um jogador a menos no segundo tempo, e não desistiu de buscar o empate, o que não aconteceu.
Para lembrar:
Desfalque de última hora. O Atlético-MG, que teria 14 desfalques contra o Botafogo, teve mais uma ausência de última hora. O meia argentino Dátolo, com problemas musculares, foi vetado, aumentando para nove o número de lesionados, além de quatro suspensos e dois a serviço das seleções brasileiras adulta e olímpica. Isso obrigou Levir Culpi a lançar três volantes e reduziu de cinco para quatro o número de reservas para a linha no banco.
Sem Sheik e com zagueiro na direita.Mesmo com a redução da sua pena, pelo STJD, de três para dois jogos de suspensão, Emerson Sheik ficou fora do jogo com o Atlético-MG, por causa de dores em um dos pés. O técnico Vagner Mancini teve menos problemas que Levir Culpi, mas ainda assim foi obrigado a improvisar o zagueiro Dankler na lateral direita e o Botafogo pouco atacou por esse lado.
Choques de cabeça. O primeiro tempo teve cinco minutos de acréscimo, em função de dois lances em que aconteceram choques de cabeça. Aos 14 min, Edcarlos e Rogério se chocaram, com o atacante botafoguense levando a pior, deixando o gramado para a entrada de Yuri Mamute e colocando gelo na nuca. Aos 37 min, foi a vez do choque entre Wallyson e Eduardo. O volante atleticano teve de ser atendido com sangramento no nariz, mas continuou na partida.
Atacante entra e sai. Yuri Mamute substituiu Rogério, aos 17 min da primeira etapa, mas não permaneceu em campo até o final. Foi substituído por Tanque Ferreyra no segundo tempo e demonstrou insatisfação.
ATLÉTICO-MG 1 X 0 BOTAFOGO
Data: 7/9/2014 (domingo)
Local: Independência, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Flávio Rodrigues Guerra (SP)
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (FIFA-SP) e Vicente Romano Neto (SP)
Cartões amarelos: Emerson da Conceição, Luan, Guilherme (Atlético-MG); Dankler, Bolatti, Ramirez (Botafogo)
Cartões vermelhos: Dankler (Botafogo)
Gols: Leonardo Silva, aos 24 min do segundo tempo
Atlético-MG
Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Edcarlos e Emerson Conceição; Rafael Carioca (Fillipe Soutto), Claudinei, Eduardo (Guilherme) e Luan (Dodô); Carlos e Jô
Técnico: Levir Culpi
Botafogo
Andrey; Dankler, Bolívar, André Bahia e Júnior César; Gabriel, Bolatti, Ramirez e Zeballos (Rodrigo Souto); Rogério (Yuri Mamute) (Tanque Ferreyra) e Wallyson
Técnico: Vagner Mancini
Fonte: Uol
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