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terça-feira, setembro 09, 2014

Alves usa programa eleitoral para negar denúncias do caso Petrobras

Henrique Eduardo Alves (PMDB) é candidato ao governo do Rio Grande do Norte e negou qualquer envolvimento no suposto esquema de pagamento de propinas na Petrobras (Foto: Reprodução/Programa eleitoral)O presidente da Câmara dos Deputados e candidato ao governo do Rio Grande do Norte, Henrique Eduardo Alves (PMDB), usou o programa eleitoral desta segunda-
feira (8) para se manifestar sobre as denúncias de envolvimento em um suposto esquema de pagamento de propinas oriundas de contratos com fornecedores da Petrobras. No horário eleitoral, Alves afirmou que não existe nenhuma denúncia fundamentada em provas, documentos ou testemunhas contra ele.
"Existem apenas insinuações vazias, sem verdade factual, e feitas por quem se valeu da delação premiada. Mas mesmo a delação premiada exige que se apresentem provas. E elas não foram apresentadas, simplesmente porque não existem provas", disse Alves na propaganda eleitoral.
Reportagem da edição deste fim de semana da revista "Veja" afirma, sem dar detalhes ou apresentar documentos, que o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa revelou em depoimentos ao Ministério Público Federal (MPF), na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, que três governadores, seis senadores, um ministro e, pelo menos, 25 deputados federais foram beneficiados com as propinas. O ex-dirigente da estatal fez um acordo de delação premiada. Os depoimentos de Costa à PF têm ocorrido diariamente, na sede da PF na capital paranaense.
Segundo a publicação, Costa citou, entre outros políticos, o nome de Henrique Alves. Além do peemedebista, o ex-dirigente da estatal também mencionou os nomes da governadora Roseana Sarney (Maranhão) e dos ex-governadores Sérgio Cabral (Rio) e Eduardo Campos (Pernambuco); do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e Ciro Nogueira (PP-PI); e dos deputados Cândido Vacarezza (PT-SP), Mário Negromonte (PP-BA) e João Pizzolatti (PP-SC). Os políticos citados na reportagem, incluindo Alves, negam envolvimento no esquema de pagamento de propina na Petrobras.
Na televisão, o presidente da Câmara destacou que nunca pediu ou recebeu qualquer recurso por intermédio do ex-diretor da petroleira e delator do suposto esquema de propina . Segundo o parlamentar potiguar, ele só encontrou Costa em situações institucionais e públicas, assim como os demais diretores da Petrobras.
Alves atribui o fato de ter tido o nome citado na delação porque tem projeção nacional. De acordo com ele, "isso serve aos propósitos escusos do delator de chamar a atenção para as leviandades que diz".
"Tenho uma vida pública limpa, transparente. E tenho a consciência em paz. Continuarei a fazer uma campanha propositiva, enfrentando com serenidade as agressões eleitoreira e as falsas denúncias, porque tenho comigo a força da verdade. E a verdade sempre vence", enfatizou na propaganda eleitoral.
A superintendência da PF no Paraná abriu uma investigação para apurar o vazamento do depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa sobre um suposto esquema de propina na estatal. O inquérito foi aberto no sábado (6), após a publicação das primeiras reportagens sobre a suspeita de envolvimento de políticos no caso.

Fonte: G1

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