A Polícia Civil concluiu nesta quinta-feira (14) o inquérito que investigava a morte de 18 pessoas que acompanhavam o Círio Fluvial de Nossa Senhora de Nazaré na
embarcação "Reis I", que afundou no dia 12 de outubro de 2013 na Orla de Macapá. A superlotação do barco foi confirmada nas investigações como a principal causa da tragédia. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Publico (MP) do Amapá.
Durante 10 meses foram ouvidos mais de 40 fiéis que sobreviveram ao naufrágio. A Polícia Civil analisou também os laudos periciais realizados pela Capitania dos Portos e pelo Corpo de Bombeiros.
A investigação apontou que no momento da tragédia havia 64 fiéis dentro do barco, mas a capacidade era de 40 passageiros. O número de coletes salva-vidas também era menor que a quantidade de pessoas. Havia apenas 50 deles na embarcação.
Segundo a titular da 9ª Delegacia de Polícia Civil, Josélia Barbosa, o dono da embarcação Reginaldo Reis Nobre, que morreu no naufrágio, é o responsável pela tragédia. Ele teria deixado o leme sozinho, enquanto desceu ao porão para ligar um gerador de energia no momento que o barco afundou.
O caso
A embarcação Reis I naufragou por volta de 10h30 de 12 de outubro, quando participava do Círio Fluvial, evento que antecede o Círio de Nazaré, em Macapá.
Segundo a Capitania dos Portos, a embarcação estava com a capacidade de passageiros dentro do permitido, com 43 pessoas, divergindo da lista de 64 passageiros divulgada pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Amapá (Sindsep), responsável por alugar o barco.
O Corpo de Bombeiros Militar do Amapá encerrou as buscas às vítimas do naufrágio no dia 15 de outubro, quando os últimos dois corpos foram encontrados presos dentro da embarcação.
As vítimas do naufrágio do Reis I serão homenageadas na programação do Círio de Nazaré em 2014. Segundo a organização do evento, a romaria fluvial estará dentro da programação, mas ressaltou que haverá reforço na segurança para evitar acidentes.
Fonte: G1
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