Polícia investiga desaparecimento de empresário em Congonhas

A polícia de São Paulo investiga o desaparecimento de um empresário de 55 anos, informa a GloboNews. O executivo foi visto pela última vez na segunda-feira (21) no Aeroporto

de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, onde ele chegou a fazer um check-in para uma viagem para Brasília, mas não embarcou.

De acordo com Evandro Lemos, delegado titular da delegacia do aeroporto, as câmeras do circuito interno de Congonhas registraram os últimos momentos do empresário antes de seu sumiço definitivo. Ele parou o carro no G1 do estacionamento do elevador, entrou em um elevador e subiu até a praça de um dos pavimentos do terminal. Depois, ele desceu a outro pavimento, onde há táxis e uma praça gourmet.

Em seguida, dirigiu-se até a farmácia localizada dentro do aeroporto, para comprar remédio para dor de cabeça, segundo relatos de testemunhas feitos à polícia. Lá, segundo o delegado, ele não encontrou o remédio que desejava e foi orientado a procurar uma farmácia do lado externo. No último registro feito, o empresário dirigiu-se à passarela de pedestres sobre a Avenida Washington Luís e depois não foi mais visto.

“Durante este intervalo, ele fala por telefone com várias pessoas, inclusive com o filho dele, com o sócio dele, com as pessoas que trabalham com ele e sentiu uma dor de cabeça. (...) Ele deve ter pego alguma carona ou sido resgatado por alguém”, afirmou Lemos.

A polícia está colhendo materiais e indícios para tentar esclarecer o caso. A família deu queixa de desaparecimento. De acordo com o delegado, a polícia investiga todas as hipóteses para esclarecer o caso.

“Descartando qualquer outra hipótese que não seja criminosa, porque ele simplesmente poderia estar viajando em companhia de outras pessoas, ou passeando, nós temos de tomar a iniciativa de investigar e dar os primeiros passos para apurar o que de fato poderia ter ocorrido criminalmente. Ou seja, se ele estiver em mãos de delinquentes, que poderiam mantê-lo em cativeiro. Então, quanto antes a gente se antecipar para tomar providências e localizá-lo, vai ser bom para a família, vai ser bom para todo mundo”, declarou.

De acordo com o delegado, o empresário costuma manter contato constante com a família. “E o telefone dele não toca, não recebe ligação desde segunda-feira. Então, vou fazer o pedido judicial de quebra de sigilo bancário, quebra de sigilo telefônico, vou localizar pela ERB (estação rádio-base, que retransmite o sinal do celular) e pelo GPS onde ele está. Eventualmente, se ele estiver em companhia de delinquentes, serão todos presos”, disse.

Antes do sumiço, o empresário teria sacado uma quantia em dinheiro, de acordo com o delegado. “No inquérito, na apuração por meio de depoimento, foi feita a constatação que ele sacou em um banco R$ 4 mil, ao qual ele iria usar para fazer transferência para uma conta com moeda estrangeira. Então, a notícia que nós temos é que ele pegou o CNPJ e o número da conta da empresa que iria fazer uma ordem de pagamento”, explicou.

Reprodução Cidade News Itaú via G1