Com a vitória pênaltis da Holanda sobre a Costa Rica, no sábado, pelas quartas da Copa do Mundo, chegou ao fim a participação da Arena Fonte Nova no Mundial. O
estádio baiano foi abençoado por deuses e orixás durante toda a competição da Fifa, viu ótimos públicos, muitos gols e apenas alguns poucos problemas que atrapalharam os torcedores.
Foram tantas bolas na rede no campo de Salvador que o estádio passou a ser conhecido como "Fonte dos Gols". Só na primeira fase, foram 21 em quatro jogos, uma incrível média de 5,25 gols/partida - o segundo estádio neste quesito foi o Beira-Rio, com 21 gols em cinco jogos (média de 4,2).
Além disso, alguns dos melhores jogos do estágio de grupos aconteceram ali: Espanha 1 x 5 Holanda, Alemanha 4 x 0 Portugal e Suíça 2 x 5 França - Bósnia 3 x 1 Irã foi a exceção.
Nos mata-matas, média de tentos não foi mantida, mas os jogos seguiram emocionantes, e os públicos, ótimos: em quatro dos seis duelos disputados na Fonte Nova, houve mais de 50 mil torcedores. No total, pouco mais de 300 mil pessoas passaram pela arena durante a Copa (veja a lista com todos os públicos abaixo).
O gramado da arena também resistiu bravamente aos seis jogos lá realizados. Não houve grandes reclamações sobre o "tapete" do estádio, apesar de, já nas partidas finais, a Fifa ter transferido os treinos das seleções para Pituaçu e Barradão.
Poucos problemas
Já os problemas na "Fonte dos Gols" foram poucos. O mais grave, e alvo também da maioria das reclamações, foi o trânsito nas imediações do estádio em dias de jogos. Como a prefeitura fecha boa partes das vidas no entorno da arena, o tráfego ficou complicado antes e depois de todas as partidas disputadas em Salvador.
Nem mesmo a inauguração do metrô da capital baiana, que demorou 14 anos para ficar pronto, ajudou muito neste quesito. Com um confuso esquema especial para dias de jogos, ele não foi visto por torcedores ouvidos pelo ESPN.com.br como uma boa alternativa para ir à Fonte Nova. O esperado é que isso melhore depois da Copa.
Já no interior da arena, foram poucos problemas reportados. No primeiro jogo, entre Espanha e Holanda, os bares e lanchonetes demoraram muito para abrir, devido à falta de troco, mas, na sequência do Mundial, a organização se mostrou boa.
Tanto é que, em pesquisa realizada pelo UOL, a Fonte Nova teve a melhor nota entre todos os estádios da Copa: 9,2. Para comparação, a Arena Corinthians, eleita a pior, teve 7,6 de nota.
O único incidente a se lamentar durante os jogos foi a invasão de campo do italiano Mario Ferri, no confronto entre Bélgica e Estados Unidos, pelas oitavas. Ele entrou no estádio como falso cadeirante e pulou no gramado aos 16 do primeiro tempo. Acabou detido por estelionato e foi "convidado a se retirar" do Brasil pela Polícia Federal.
Agora, a Fonte Nova voltará a ser usada pelo Bahia nos jogos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. O próximo confronto marcado para o estádio será no dia 16 de julho, entre o "Esquadrão de Aço" e o São Paulo, pela 10ª rodada do Brasileirão.
Públicos da Arena Fonte Nova na Copa do Mundo:
Espanha 1 x 5 Holanda: 48.173 torcedores
Alemanha 4 x 0 Portugal: 51.081 torcedores
Suíça 2 x 5 França: 51.003 torcedores
Bósnia 3 x 1 Irã: 48.011 torcedores
Bélgica 2 x 1 Estados Unidos: 51.227 torcedores
Holanda (4) 0 x 0 (3) Costa Rica: 51.179 torcedores
TOTAL: 300.674 torcedores
Reprodução Cidade News Itaú via ESPN
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