A suspeita de que novos casos de meningite bacteriana estejam ocorrendo no Rio Grande do Norte trouxe preocupação para muitos potiguares e mobilizou as equipes
técnicas da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e médica do Hospital São Lucas, um dos principais de Natal, nesta quinta-feira (05). Ambas passaram a manhã em reuniões e a expectativa é que divulguem notas oficiais sobre os possíveis novos casos da doença até o final desta tarde.
Segundo o assessor de Comunicação da Sesap, Christiano Couceiro, as equipes da Vigilância Epidemiológica (Suvige) estavam elaborando um relatório com dados atualizados sobre a doença no Estado, que devem ser apresentadas ao secretário Luiz Roberto Fonseca por volta das 15h, para ser divulgada à população até o final da tarde. O último boletim divulgado pela Sesap, na semana passada, revelou 46 notificações, com dez casos confirmados e quatro mortes, todas em municípios diferentes.
“A expectativa é que o secretário divulgue uma nota oficial sobre os casos ainda nesta quinta-feira, para informar o que está acontecendo à população e assim, desmistificar as últimas notícias que falavam na possibilidade de um surto de meningite. Felizmente, podemos descartar essa hipótese”, afirmou Couceiro.
Também nesta manhã, a direção médica e a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital São Lucas se reuniu para elaborar uma nota técnica sobre a doença para divulgar na imprensa potiguar, possivelmente nesta tarde, de acordo com informações da direção. É lá que o ex-governador Iberê Ferreira está internado se tratando de uma meningite bacteriana, adquirida após uma cirurgia na cabeça, há cerca de um mês.
Segundo o infectologista Henio Godeiro, apesar dos casos já confirmados da doença neste ano, incluindo os quatro óbitos, não há, até o momento, nada que confirme a ocorrência de um surto de meningite bacteriana no Rio Grande do Norte. Ele afirmou que a doença, causada pela bactéria meningococo, só é transmitida através de contato direto e/ou íntimo entre o doente e uma pessoa sadia.
“É uma doença de difícil contágio, porque é preciso que o doente fique mais de 8h em contato com outras pessoas para transmiti-la ou ainda através de contato direto com a saliva do doente, como um beijo na boca ou uma conversa mais próxima. No Hospital Giselda Trigueiro, referência em doenças infecto-contagiosas, os números de pessoas atendidas com suspeita da doença não chamam tanto a atenção”, explicou.
Reprodução Cidade News Itaú via Portal JH
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