O governo da Síria e os combatentes rebeldes chegaram neste domingo a um acordo para que mais de dois mil insurgentes saiam do centro velho da cidade de
Homs, cercado pelas tropas governamentais há dois anos, informaram à Agência Efe fontes opositoras.
O ativista Homs Yad al Yamani explicou que o acordo já foi assinado, sob a supervisão da ONU, pelo regime e os rebeldes, com a presença de supervisores russos e iranianos.
Segundo Yamani, o pacto determina que entre 2.200 e 2.400 combatentes saiam da cidade em 40 ônibus, nos quais viajarão também um representante da ONU. O comboio será companhado por uma patrulha da polícia síria.
Os rebeldes serão transferidos, segundo o ativista, para um subúrbio ao sul da cidade em diversos horários e entre hoje e amanhã deve acontecer a primeira saída.
De acordo com a fonte, os insurgentes poderiam levar metade das armas pesadas e de médio calibre e cada um deles poderá carregar uma arma individual e uma mala, enquanto os feridos serão evacuados em veículos do Crescente Vermelho.
Segundo o acordo, os rebeldes especializados em explosivos serão os últimos a abandonarem a parte antiga da cidade, após desativarem todas as minas implantadas pelos insurgentes.
Além disso, o texto coloca como condição para a aplicação do acordo que o grupo rebelde Frente Islâmica Síria liberte um oficial russo sequestrado na periferia da cidade de Latakia, no oeste do país, e 20 iranianos detidos pelo grupo.
Yamani explicou que o acordo foi alcançado graças às negociações entre o regime, representado pelo governador de Homs, Talal al Barazi, o chefe da Polícia Política na cidade, general Mohammed Zaitun, e os rebeldes, representados pelo xeque tribal Abdelalim Helal e o comandante Arabi al Najjar.
O diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abderrahman, confirmou à Efe que o acordo foi assinado na noite passada e que entrará em vigor amanhã, sem fornecer mais detalhes.
O governador de Homs disse na sexta-feira passada à Efe que o pacto teria dois pontos: a entrega de armas por parte dos rebeldes e sua posterior retirada para o norte da cidade.
O centro velho de Homs está cercado pelo exército há mais de vinte meses, o que causou um grave deterioração da situação humanitária.
Em fevereiro, ambos os lados pactuaram uma trégua humanitária, com a mediação da ONU, para permitir a evacuação de 1.400 civis -mulheres, crianças e idosos- da área.
Reprodução Cidade News Itaú via Uol
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