O “objeto de interesse” recuperado na costa oeste da Austrália durante as buscas pelo voo desaparecido da Malaysia Airlines não faz parte de destroços do avião. Martin Dolan,
chefe da Comissão Australiana de Segurança dos Transportes informou na noite desta quarta-feira (23) –na manhã de quinta (24) na Austrália– que ele estava confiante de que o material encontrado nesta semana não veio da aeronave que fazia o voo MH370.
Em entrevista à rádio australiana ABC, Dolan disse que analisou fotografias detalhadas do objeto, tiradas pela polícia. Segundo a agência de notícias Reuters, a princípio, as autoridades acreditavam que o objeto era semelhante a uma folha de metal com rebites, o que poderia indicar que o material fazia parte da estrutura da aeronave.
O objeto foi encontrado há várias horas de distância ao sul de Perth, a 10 quilômetros a leste da cidade de Augusta, na ponta sul do Estado da Austrália Ocidental, e foi recolhido pela polícia australiana.
O material é o primeiro relato de possíveis destroços do avião registrado nas últimas semanas, e era a primeira pista desde 4 de abril, quando autoridades detectaram no mar o que acreditavam ser sinais da caixa-preta do avião da Malaysia Airlines.
Mais cedo, a missão de busca submarina do avião malaio desaparecido em 8 de março rastreou 80% da área onde se acredita que foi o destino final da aeronave sem encontrar nada significante, informaram as autoridades que coordenam as buscas nesta quarta.
O submarino não tripulado Bluefin-21 concluiu na manhã desta quarta sua décima missão que se concentrou em um raio de 10 quilômetros quadrados onde foi detectado o sinal acústico que supostamente veio da caixa-preta da aeronave, afirmou em comunicado o Centro de Coordenação de Agências Conjuntas.
O ministro dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein, declarou que espera que o Bluefin termine de mapear o leito marinho da área de buscas até o fim desta semana.
O Bluefin-21, que possui formato de torpedo, com cinco metros de comprimento e capacidade para submergir até 4,5 mil metros de profundidade, utiliza um sonar para criar uma imagem do fundo marinho que depois é analisada por vários especialistas.
Durante o dia de hoje, 12 navios fazem as buscas em uma área de 37,948 quilômetros quadrados, dividida em três partes e a cerca de 855 quilômetros ao noroeste da cidade de Perth, no oeste da Austrália, em missões de rastreamento visual na busca por partes da fuselagem do avião.
As autoridades suspenderam pelo segundo dia consecutivo as buscas aéreas por conta do mau tempo que castiga a região.
"As atuais condições meteorológicas de forte ressaca e pouca visibilidade fazem com que as buscas aéreas sejam menos efetivas e potencialmente perigosas. Três aviões já haviam decolado para rastrear a área antes da suspensão. Eles se encontram no caminho de volta", afirmou o órgão que coordena as buscas.
O voo MH370 da Malaysia Airlines saiu de Kuala Lumpur na madrugada do dia 8 de março (tarde do dia 7 no Brasil) com 239 pessoas e deveria chegar a Pequim seis horas mais tarde.
O avião desapareceu dos radares cerca de 40 minutos após a decolagem e mudou de rumo em uma "ação deliberada", segundo as autoridades malaias, atravessando o Estreito de Malaca e seguindo na direção contrária a de seu trajeto inicial.
Estavam a bordo da aeronave 153 chineses, 50 malaios, sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadenses, um russo, um holandês, um taiwanês e dois iranianos que utilizaram os passaportes roubados de um italiano e um austríaco.
Reprodução Cidade News Itaú via G1
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