O governo federal gastou R$ 98,9 mil para exumar os restos mortais do presidente João Goulart, mesmo livre de despesas com mão de obra,
em novembro do ano passado. A exumação foi feita a pedido da família de Jango, que quer esclarecer a causa da morte do presidente deposto pelo golpe militar de 1964. Há suspeita de que o político, que era doente cardíaco, possa ter sido envenenado durante o exílio na Argentina, numa ação coordenada entre as ditaduras do Cone Sul. Na época, em 1976, não foi feita autópsia. As informações foram publicadas no jornal Folha de S. Paulo.
Durante a exumação, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência coordenou uma equipe de 15 pessoas que não foram remuneradas pelos trabalhos de coleta de material no cemitério em São Borja (RS), nem de análise, que ainda está em curso - não há prazo para divulgação do laudo. Ainda assim, as despesas com a equipe técnica consumiram R$ 98.991,75, com equipamentos, transporte, hospedagem e alimentação. O valor não inclui o evento que reuniu Dilma e três ex-presidentes para receber os restos mortais de Jango.
Reprodução Cidade News Itaú
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