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domingo, fevereiro 09, 2014

Rio Grande do Norte começa a exportar energia para todo o Brasil a partir deste mês

As linhas de transmissão dos parques eólicos do Mato Grande deverão ser energizadas ao longo do mês de fevereiro. Com isso, segundo o Centro de Estratégias em
Recursos Naturais e Energia (CERNE), o Rio Grande do Norte deverá atingir a liderança em energia eólica gerada no Brasil, com 1.163,39 MW de potência instalada, a partir de parques conquistados nos leilões federais de 2009, 2010 e 2011.

O Rio Grande do Norte será o primeiro estado a ultrapassa 1 gigawatt de produção de energia eólica entre todos do Brasil.

Para o presidente do CERNE e do Sindicato das Empresas de Energia do RN (SEERN), Jean-Paul Prates, este é o resultado de um planejamento energético e de metas estabelecidas há 6 anos atrás e demonstra, apesar dos recentes percalços, que o imenso potencial do RN precisa de gestão local para se desenvolver:

"Em 2008, dissemos que o RN tinha um pré-sal de potencial eólico não aproveitado. O Estado fez o dever de casa e conquistou o primeiro lugar em parques contratados nos leilões federais por 3 anos consecutivos. Agora, estes parques estão prontos e, apesar do atraso recente, a linha também. Com isso, conforme planejado lá atrás, assumimos a liderança em geração eólica efetiva e nos tornamos exportadores de energia de fonte renovável", explica o especialista.

Desde o início do ano, o RN contabilizava 14 parques eólicos (273 geradores) em operação, com 423,15 MW de produção. O aumento nos números é resultado da conexão, ao sistema elétrico nacional, de 27 novos parques, que começa a acontecer no início de fevereiro. Juntos, os novos parques totalizam 740,24 MW de energia gerada por 427 turbinas. Somando tudo, chegamos a 41 usinas eólicas e 1.163,39 MW provenientes de 700 turbinas eólicas. Valor que supera a produção de energia eólica de vários países.

E as boas notícias continuam: de acordo com o diretor de energia eólica do CERNE, Milton Pinto, o crescimento prossegue para o Rio Grande do Norte no segundo semestre de 2014, com 12 novos parques eólicos (quase 200 turbinas no total) sendo ativados e gerando energia de até 356,2 MW, alcançando assim uma produção de até 1.528,59 MW - mais de 1,5 GW de energia vinda somente de fontes eólicas.

"Com estes resultados, o RN supera com folga o atual líder no ranking eólico nacional, o Ceará, que atualmente possui 29 parques eólicos em operação (691,04 MW sendo produzidos) e 14 parques em construção (359,10 MW), podendo alcançar no primeiro semestre de 2014 cerca de 841 MW de geração eólica", informa o analista. A Bahia segue na terceira posição, com 8 parques eólicos em operação, produzindo 233,19 MW e 16 em construção (353,8 MW).

A previsão é de que o estado baiano chegue no primeiro semestre de 2014, a cerca de 633 MW de produção eólica. O Rio Grande do Sul aparece em seguida, com 17 parques em operação, produzindo 489 MW e ainda 17 em construção (412,6 MW).

Jean-Paul Prates lembra que o RN alcançou a autosuficiência energética em 2010 incluindo as usinas térmicas. "Segundo nosso plano elaborado em 2008, o RN atingiria a capacidade de gerar seu próprio consumo em 2010, o que aconteceu. Em seguida, ocorreria outro degrau da sua auto-suficiência energética, agora apenas a partir de fontes renováveis, programado para 2013.

Com o atraso na linha de transmissão, isso acontecerá finalmente agora, em 2014. De qualquer forma, foi como dizíamos à época, durante a gestão na Secretaria de Energia do Estado, antes da Copa", comemora Prates.  

Reprodução Cidade News Itaú

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