O ex-jogador Thomas Hitzlsperger, que teve passagens pelo Stuttgart, Lazio, Wolfsburg, Everton e Aston
Villa e atuou pela seleção da Alemanha, revelou em entrevista ao jornal alemão Die Zeit que é homossexual, uma atitude rara entre atletas de grande expressão no esporte mundial. Hitzlsperger disse que fez a revelação para contribuir com o debate em torno da presença de homossexuais no esporte profissional.
"Foi um processo longo e difícil. Só nos últimos anos me dei conta de que eu preferia viver com outro homem", revelou o ex-atleta, que se tornou o primeiro grande nome do futebol alemão a revelar a homossexualidade.
O ex-jogador representou a Alemanha em 52 partidas, jogou a Copa do Mundo de 2006 e foi vice-campeão da Eurocopa em 2008. Foi ainda campeão alemão com o Stuttgart em 2007.
No ano passado, a Federação Alemã de Futebol lançou uma cartilha que incentivava os jogadores homossexuais a saírem do armário. "Futebol e Homossexualidade", de 28 páginas, foi distribuída com o objetivo de ajudar esses atletas a ter coragem de se assumir. "Qualquer jogador da Bundesliga ou de ligas menores que reconheça publicamente ser homossexual pode contar com nossa ajuda", disse à época o presidente da entidade, Wolfgang Niersbach.
O texto diz que o primeiro passo dos jogadores que desejam se assumir é conversar com colegas de equipe nos quais possam confiar, além de falar com o treinador, antes de lidar com as reações de torcedores e companheiros que podem não aceitar bem a revelação. Em 2011, o então presidente da federação, Theo Zwanziger, também havia anunciado o apoio aos atletas homossexuais que se revelassem. "Se um jogador sair do armário será uma atitude valente e teria o meu apoio e da federação", disse Zwanziger.
Apesar disso, o exemplo recente do ex-jogador norte-americano Robbie Rogers mostra que a revelação da homossexualidade pode ser fatal para a carreira de um atleta no futebol. Rogers decidiu se aposentar após assumir ser gay e disse que não tinha condições de seguir no esporte. "No futebol, é obviamente impossivel sair do armário, porque ninguem fez isso. Isso é louco e triste, eu penso", afirmou em entrevista ao The Guardian em março do ano passado.
Reprodução Cidade News Itaú
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