Um casal homossexual foi agredido na manhã desta quinta-feira (23), na Avenida Lourenço Vieira da Silva, no São Cristóvão, em São Luís. Huyara Gonçalves, de 24 anos, e
Amanda Mateus, 32, caminhavam abraçadas pela rua quando foram surpreendidas pelo pedreiro Manoel Silva Reis, 45, que teria tentado assediar uma das vítimas e jogado pedras na direção das duas. Amanda ficou ferida na cabeça e nos braços e, Huyara, na mão e nas duas pernas. O agressor foi preso e encaminhado para a Delegacia da Cidade Operária.
Aos prantos, as vítimas contaram que caminhavam pela avenida quando o pedreiro, ao vê-las, teria parado a bicicleta e tentado assediar Huyara.
"Ele passou de bicicleta, tomou gosto com ela e ela não aceitou. A gente estava andando normal, viemos trabalhar normal. Quando vimos, ele estava correndo atrás da gente com pedras", disse Amanda. "Isso é homofobia", acrescentou.
O pedreiro negou que a agressão tenha sido motivada por homofobia. "O meu erro foi que ela me bateu na bicicleta e eu caí. Aí, eu corri atrás delas com as pedras", declarou.
O lanterneiro Jhemersson Gonçalves disse que viu quando Manoel começou as agressões e chamou as duas de vagabundas. "Ele tentou passar a mão nela, aí ele desequilibrou e caiu no chão. Quando ele levantou, ele falou 'vem cá, vagabunda' e pegou duas pedras e atirou nelas", contou.
Um grupo de populares que estava no local saiu em defesa do casal após ver as agressões. O pedreiro chegou a apanhar da população. O linchamento só foi evitado porque o soldado Morgado, da Polícia Militar, passava pelo local quando ía para o trabalho, parou e chamou reforço policial.
"Alguns populares me falaram que havia um princípio de linchamento. Chegando aqui, a informação é de que ele tentou tocar uma das moças e houve reação de uma delas e, em seguida, a agressão dele", explicou o soldado.
Reprodução Cidade News Itaú
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