Foi condenado a 19 anos e três meses de prisão em regime fechado o réu confesso do assassinato de Edilza Vicente da Silva, morta em setembro de 2010. José Jorge da
Silva, conhecido como "Canibal de Arapiraca", ganhou esse apelido por ter comido o coração da própria esposa. De acordo com o promotor Valter José Omena, o réu foi condenado por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e requintes de crueldade.
O julgamento teve início às 9h da manhã na 5ª Vara Criminal da Comarca de Arapiraca e terminou por volta das 14h. O réu deve ser encaminhado para o Presídio de Giraudo Ponciano, no Agreste alagoano.
José Jorge afirmou que matou Edilza, em 21 de setembro de 2010, em um galpão às margens da rodovia AL-220, em Arapiraca, a facadas porque ela, que era sua companheira, o tinha traído com outro homem. Em depoimento, ele havia confirmado que teria comido o coração da esposa, mas durante o julgamento de hoje, ele negou essa informação. "Mas ele já havia confessado isso. Foi por motivo fútil. Ele cumpre pena em Sergipe por assalto, mas o juiz Alfredo dos Santos Mesquita pediu que ele cumprisse pena no presídio do Agreste", afirma.
O promotor não soube informar se ele só seria transferido para Alagoas quando cumprisse a pena em Sergipe. "Só sabemos que ele foi preso em flagrante. Ainda não sabemos se ele já foi julgado ou não. Mas ele deve ser transferido para o presídio do Agreste", afirma o promotor Valter José Omena.
Relembre o caso
O crime teria sido cometido após discussão por ciúmes, no dia 21 de setembro de 2010, enquanto o casal bebia em um galpão localizado na rodovia AL-220, bairro Brasiliana, no município de Arapiraca. José Jorge da Silva assumiu, durante depoimento, a prática do crime, confirmando a versão levantada por investigações da polícia.
Segundo depoimento, o acusado teria arrancado e transportado órgãos da vítima para uma outra cidade do interior alagoano, para onde fugiu. Lá, teria pedido para que um conhecido os fritasse para que pudesse ingeri-los.
Jorge da Silva foi preso no dia 10 de outubro de 2013, como garantia da ordem pública e, teve pedido de liberdade recusado no dia 29 de novembro do mesmo ano, após revisão da ação penal pela equipe do mutirão carcerário de Alagoas.
Reprodução Cidade News Itaú
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