A Polícia Federal prendeu quatro condenados no julgamento do mensalão após o STF (Supremo Tribunal Federal) expedir mandados
de prisão nesta quinta-feira (5). Entregaram-se à PF de Brasília os ex-deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP), Bispo Rodrigues (antigo PL-RJ), Pedro Corrêa (PP-PE) e o ex-dirigente do Banco Rural Vinícius Samarane.
Mais cedo, Costa Neto renunciou ao mandato de deputado federal. Seu colega de partido Luciano Castro (PR-RR) leu a carta em que ele abdica do mandato no plenário da Câmara. Ele foi condenado a 7 anos e 10 meses pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e deverá cumprir a pena inicialmente no regime semiaberto.
Bispo Rodrigues deverá cumprir 6 anos e 3 meses de prisão, em regime semiaberto, também por lavagem e corrupção passiva. Ele era deputado da base aliada do governo Lula durante o escândalo do mensalão, em 2005.
Mais cedo, os outros dois réus que também tiveram os mandados de prisão expedidos ---o ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE) e ex-dirigente do Banco Rural Vinícius Samarane-- já haviam se entregado.
Dos 25 condenados no julgamento, Barbosa já emitiu mandado de execução da pena de 19 deles. Doze foram expedidos durante o feriado de 15 de Novembro e 11 já começaram a cumprir a pena, entre eles os petistas José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, além de Marcos Valério, operador do esquema. O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato está foragido. Outros três vão cumprir penas alternativas – multas e prestação de serviços.
Em relação ao deputado Pedro Henry (PP-MT), falta o Ministério Público enviar um parecer para que Barbosa decida. Quanto a Rogério Tolentino, ex-advogado de Valério, já há um parecer do procurador opinando pela rejeição do recurso e depende agora do ministro Barbosa decretar o trânsito em julgado.
O ex-deputado Roberto Jefferson, delator do esquema, também ainda não teve o seu mandado de prisão executado porque o Judiciário aguarda laudo de uma perícia médica que o avaliou ontem. Com base nesse laudo, a Justiça irá definir se ele irá cumprir a pena em regime domiciliar.
Do total, três réus ainda não podem ser presos porque têm direito a recursos em todos os crimes pelos quais foram condenados.
Reprodução Cidade News Itaú
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