Um comitê de coordenação das forças policiais argentinas foi criado nesta quinta-feira (5) para impedir tentativas de saques nos subúrbios de Buenos Aires e evitar a
propagação da violência, após os eventos ocorridos em meio a uma greve da polícia na província de Córdoba.
A criação do chamado Comando de Operações Preventivas para a periferia foi decidida "após a violência registrada em Córdoba, e tem apenas fins preventivos", declarou o secretário de Segurança Sergio Berni.
Trata-se de "um comando unificado com as polícias estaduais e federais, para coordenar as ações na província de Buenos Aires", explicou.
Na quarta-feira (4), cerca de três mil policiais cruzaram os braços por mais de 24 horas, devido ao conflito por demandas salariais, até a assinatura de um acordo com o governo provincial.
A ausência de policiais nas ruas provocou uma onda de saques e roubos que terminou com a morte de duas pessoas e centenas de feridos.
Segundo Berni, nos últimos dias foram registrados nos arredores de Buenos Aires "vários cortes de eletricidade, e os vândalos e oportunistas aproveitaram a situação".
Grande parte dos muitos bairros da periferia de Buenos Aires, onde vivem 10 milhões de pessoas, estão sem eletricidade e água corrente desde segunda-feira, quando uma tempestade com ventos fortes derrubou árvores e postes de iluminação.
Alejandro Granados, ministro da Segurança da província de Buenos Aires, que definiu a criação do comando junto com Berni, admitiu à rádio La Red que "há ameaças de saques nas redes sociais", mas insistiu que o governo está em alerta e vai agir "com toda a firmeza necessária".
Na Argentina há um crescimento da tensão social devido, em grande parte, a problemas econômicos, com grupos que aproveitam a situação para roubar supermercados e casas.
Na semana passada, 50 pessoas foram presas em duas tentativas de saques na cidade de Rosário, 310 km ao norte de Buenos Aires.
Em dezembro de 2012, uma onda de saques que começou em Bariloche (1.700 km a sudoeste) se espalhou para várias províncias, deixando pelo menos quatro mortos em todo o país.
Reprodução Cidade News Itaú
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