Os resultados das análises dos restos do líder palestino Yasser Arafat, feitos por cientistas suíços, "apoiam razoavelmente" a hipótese
de que ele tenha morrido envenenado, disse nesta quinta-feira (7) François Bochud, diretor do Institulo de Radiofisica Aplicada de Lausanne.
Segundo ele, o polônio encontrado no corpo indica que, necessariamente, houve "intervenção" de outra pessoa. Por outro lado, não se pode nem afirmar nem negar que a substância tenha provocado a morte do líder.
Um membro da direção palestina, Wasel Abu Yusef, pediu nesta quinta uma investigação internacional sobre caso.
'Da mesma forma que se formou uma comissão de investigação internacional sobre o assassinato (do ex-primeiro-ministro libanês) Rafic Hariri, deve haver uma comissão internacional para investigar o assassinato do presidente Arafat", declarou à AFP Abu Yusef, membro do comitê executivo da Organização de Libertação da Palestina (OLP).
"Os resultados demonstraram que Arafat foi envenenado com polônio, uma substância que apenas os Estados, e não os indivíduos, possuem, o que significa que o crime foi cometido por um Estado", disse.
Por outro lado, o porta-voz do Fatah, o movimento do presidente palestino Mahmud Abbas, anunciou uma coletiva com o presidente da comissão de investigação palestina sobre a morte de Arafat.
O porta-voz Ahmad Assad afirmou à AFP que "amanhã às 10h (6h de Brasília) haverá uma coletiva de imprensa da comissão de investigação palestina, cujo presidente, Tawfiq Tiraui, falará do conteúdo do relatório na Muqata", a sede da presidência palestina em Ramallah, na Cisjordânia.
As causas da morte de Arafat no dia 11 de novembro de 2004 em um hospital militar francês não estão claras, e muitos palestinos suspeitam que Israel o envenenou. Israel nega as acusações.
Reprodução Cidade News Itaú
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