quarta-feira, setembro 04, 2013

Sequestrador de mulheres de Cleveland é encontrado morto em cela

Ariel Castro, 52, é condenado à prisão perpétua e mais mil anos de prisão por sequestro de mulheres em Cleveland
O ex-motorista de ônibus Ariel Castro, condenado à prisão perpétua por sequestrar três mulheres por mais de dez anos e mantê-las em cativeiro no porão de uma casa em Cleveland, nos Estados Unidos, foi encontrado morto na noite desta terça-feira (3) na cela onde cumpria pena.

Segundo JoEllen Smith, porta-voz do Departamento de Correção e Reabilitação do Estado de Ohio, agentes penitenciários encontraram o prisioneiro enforcado por volta das 21h20 locais. A equipe médica da prisão ainda tentou uma reanimação antes da Castro ser levado ao hospital, onde foi declarado morto.

Castro foi preso no último dia 6 de maio, após a polícia libertar Amanda Berry, 27, Georgina DeJesus, 23, e Michelle Knight, 32, que foram capturadas entre 2002 e 2004. Ele foi considerado culpado por 937 acusações, dentre elas sequestro, estupro, agressão e homicídio qualificado por ter provocado um aborto.

Antes da divulgação da sentença, Castro, que se declarou culpado para fugir da pena de morte, disse que não era uma pessoa violenta e que suas vítimas pediram por sexo. "Eu não sou um monstro. Eu estou doente. Acho que também sou uma vítima", afirmou.

Ele ainda relatou ser viciado em sexo, ter sofrido abusos sexuais quando era jovem e ser dependente de pornografia.

Durante a leitura da sentença, o juiz Michael Russo disse que a pena foi "proporcional ao dano que você fez".

A única das vítimas que esteve no tribunal foi Michelle Knight, a que ficou mais tempo em cativeiro, desde 2002. Em depoimento, ela disse que, enquanto a vida dela estava apenas começando, a de seu algoz havia terminado.

"Você me roubou 11 anos da minha vida, e agora eu consegui recuperá-los. Passei 11 anos no inferno. Agora seu inferno está só começando. Eu vou superar tudo o que aconteceu, mas você vai passar por esse inferno eternamente".

COMOÇÃO

A revelação da situação vivida pelas três jovens sequestradas entre 2002 e 2004 chocou os Estados Unidos. Segundo a polícia, as três moravam em um porão e frequentemente eram acorrentadas, estupradas e agredidas.

Knight disse que ficou grávida quatro vezes e que, em todas elas, foi obrigada a abortar. Já Amanda Berry teve uma filha com Castro, que também foi encontrada pela polícia na saída do cativeiro e hoje tem seis anos.

Um relatório da polícia revelou detalhes como o parto de Berry em uma piscina inflável no dia 25 de dezembro de 2006, ajudada por Knight, que, ameaçada de morte por Castro, salvou a recém-nascida realizando respiração boca a boca.

As mulheres disseram que permaneceram acorrentadas no porão durante seus primeiros anos de cativeiro, mas que depois receberam permissão para viver no segundo andar da casa, sem correntes, mas reclusas.

As três foram libertadas após Berry tentar sair da casa e falar com um vizinho, em 6 de maio. Em seguida, ela ligou para a polícia e libertou sua filha e as duas outras sequestradas. Minutos depois, Castro foi preso.

Reprodução Cidade News Itaú

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