Demorou, mas a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) finalmente se pronunciou sobre o rompimento do PMDB com a sua administração. Em entrevista concedida à Rádio Comunitária do município de Almino Afonso, onde cumpriu agenda neste final de semana, a gestora foi questionada sobre o fato e saiu do silêncio em que estava desde o anúncio oficial do fim da aliança, ocorrida há quase um mês.
“Fiquei extremamente decepcionada”, revelou a gestora sobre a atitude tomada pelos seus antigos aliados. “O PMDB me deixou na hora mais difícil do governo, que vivia um período de várias greves”, disse a governadora, sem querer se aprofundar no assunto político.
É fato que a saída peemedebista da base do governo ocorreu em meio a uma onda de paralisações de servidores do Estado. Na época, estavam de braços cruzados os professores, os policiais civis, delegados e servidores do Instituto Técnico e Científico da Polícia (Itep) e da saúde pública.
O fim da parceria entre DEM e PMDB já estava sendo aguardado praticamente desde o início do ano, quando o ministro Garibaldi Alves Filho endureceu as críticas a administração rosalbista. O mesmo caminho foi seguido pelos deputados estaduais da legenda na Assembleia Legislativa. A oficialização do rompimento veio com o pedido de exoneração do ex-secretário estadual de Trabalho e Assistência Social, Luiz Eduardo Carneiro, indicado por Garibaldi para a função.
A partir daí, em reunião da executiva, o PMDB optou por entregar a governadora todos os cargos ocupados por membros da legenda, inclusive o do ex-titular da Secretaria de Agricultura, Júnior Teixeira. Poucos dias após o anúncio do término da parceria, o Diário Oficial do Estado trouxe a exoneração de 50 cargos comissionados. A estimativa é que quase 300 servidores tenham sido indicados para suas funções pelos peemedebistas.
Reprodução Cidade News Itaú
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