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segunda-feira, setembro 16, 2013

Garibaldi chora na reunião do PMDB e pede aos correligionários: “Dessa vez, esqueçam meu nome”

Ao lado dos principais nomes do partido no Estado, ministro Garibaldi Alves Filho reafirmou que não será candidato. Foto: José AldenirO ministro da Previdência, Garibaldi Filho, disse hoje que nunca recusou uma convocação do PMDB, mas que, para as eleições de 2014, esqueçam o nome dele. “Eu nunca deixei de recusar uma convocação do PMDB. Mas eu pediria uma coisa a vocês. Não estou numa arena romana, mas pediria uma coisa a vocês: dessa vez, esqueçam do meu nome (com voz embargada e visivelmente emocionado)”, disse o ministro, após ouvir vários pronunciamentos de correligionários solicitando que ele seja o candidato do PMDB a governador em 2014.

Garibaldi disse que não é hora de o PMDB sair para as ruas com um nome empunhando uma bandeira com vistas ao governo em 2014. Segundo ele, o partido deve apresentar candidato próprio, mas não deve prescindir dos demais partidos da oposição.
“Nós temos que refletir e ver que o PMDB pode, como deve, como está sendo pedido, ter um candidato próprio ao governo do RN. Mas esse candidato terá que ter o apoio de outros partidos. Outros partidos que têm outros nomes, e nós temos que respeitar a decisão dos outros. Nós temos que ir ao encontro deles, temos que vestir as sandálias da humildade, porque, sozinhos, não ganharemos a eleição”, disse o ministro.

O ministro disse que se coloca à disposição para dialogar com os partidos de oposição. “Eu sou o primeiro que me ofereço para ir ao encontro dos outros partidos, sem levar em meu alforge nenhum ressentimento, nenhuma mágoa. Eu não falo em nome do ressentimento, nem do ódio, porque isso já passou pela política do RN”, disse o ministro.

Segundo o ministro, a eleição que virá será apertada. “Se a oposição se mantiver unida, será uma eleição para valer, com larga maioria de votos. Portanto, estou para somar”, declarou. Garibaldi disse que o PMDB se dividiu, mas isso não acontecerá mais. “Agora, com PMDB unido e a página virada, há de se pensar no futuro. O passado ficou para trás. Nós precisamos pensar no futuro, não no do PMDB, nós precisamos pensar no futuro do RN”, disse o ministro.

Garibaldi disse ainda que o RN foi penalizado. “Estão aí os problemas, se não são maiores, poderia se creditar ao esforço, hoje não reconhecido, mas haverá de ser reconhecido, que foi o trabalho de Luiz Eduardo à frente da SETHAS, de Júnior Teixeira, na Agricultura. Ambos deixaram uma marca do PMDB neste governo”, disse.

Antes do ministro, falou o presidente de honra do PMDB, Geraldo Melo. Segundo ele o PMDB começou a construir sua volta ao poder. “O PMDB tem uma responsabilidade muito grande com o futuro do RN”. O deputado Walter Alves disse que o PMDB tinha dois nomes: Henrique e Garibaldi. “Nós temos aqui dois nomes naturais: o senador Garibaldi e o deputado Henrique Alves”, disse. “Quais os projetos para saúde, e para a educação. Pensar na segurança pública e no desenvolvimento do Estado”, afirmou.

O deputado falou ainda sobre a necessidade de projetos para o aeroporto, que está sem acessos, para o porto. “Temos que pensar em um projeto para o RN. A força do PMDB são Garibaldi e Henrique, pelos serviços prestados pelo PMDB. Programa de adutora, programa do Leite e Centrais do Cidadão, feitos pelo governo do PMDB. PIB era acima da média. Governo tinha vez, voz e força, e se respeitava o governador. Quero estar na Assembleia se vocês quiserem no próximo ano para defender e lutar pelo governo do PMDB. Somos vencedores e, se Deus quiser, seremos governo em 2015″

O presidente da FEMURN, prefeito de Lajes Benes Leocádio, defendeu que o PMDB encabece a chapa majoritária. “Precisamos ser cabeça de chapa. Para fazer esse Estado viver a história de um grande partido”, discursou. “Espero que saiamos daqui com consenso, decisão e posição”. O vereador Antonio Batista, de Parnamirim: “Garibaldi é indiscutível. Walter pode chegar para ficar. Mas imagine Dr. Aluízio no céu e Henrique governador?”

Gleydson Batalha, do PMDB Jovem: “Caminho do PMDB, após rompimento com Rosalba, é a candidatura própria, para tirar o RN desse caos”. Vereadora Izabel Montenegro, de Mossoró: “O PMDB precisa do seu nome. Santa Luzia também quer Garibaldi governador”. “Se Deus quiser, haveremos de estar em 2014, à frente desse projeto, se assim o povo nos convoca. O PMDB nunca foi de fugir à luta.

O deputado Nélter Queiroz (PMDB) disse não conhecer um prefeito do PMDB eleito com apoio exclusivo do DEM. “Pelo contrário, o PMDB foi decisivo para eleição de Rosalba em 2006, em 2010 para o governo, eleita com o PMDB dividido. E agora, em 2012, o PMDB salvou a prefeita de Mossoró do DEM, Santana do Matos e Cerro Corá do mesmo jeito”.

Segundo Nélter, Rosalba disse que o PMDB deixou o governo na pior situação. “Quantos vezes Henrique e Garibaldi trouxeram recursos, queriam o conselho, e ela não quis? Rosalba e o DEM contaminaram o PMDB e temos que descontaminar o PMDB. Se não vamos para o fundo do poço, se não nos descolarmos do DEM no RN”.

Reprodução Cidade News Itaú

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