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segunda-feira, setembro 02, 2013

Mulher de 64 anos é primeira a nadar rota Cuba-Flórida sem proteção

A norte-americana Diana Nyad, de 64 anos, completou nesta segunda-feira um feito histórico. Ela foi a primeira pessoa em todos os tempos a nadar de Cuba até a Flórida, nos Estados Unidos, sem a proteção de uma gaiola contra tubarões.

Nyad começou o percurso de 166 quilômetros no dia 31 de agosto. Ela já havia falhado em quatro tentativas de concluir a rota, e por isso anunciou que a atual investida seria a última.

O sucesso da quinta tentativa de Nyad foi anunciado pela equipe da nadadora na rede social Twitter. Ela saiu do Club Náutico Internacional Hemingway, em Havana, cruzou o Estreito da Flórida e encerrou o trajeto na ilha de Key West.

No domingo, a equipe de Nyad já havia dito que ela tinha nadado mais do que em qualquer tentativa anterior. A norte-americana foi beneficiada por correntes marítimas favoráveis.

Nas últimas horas, porém, a língua e os lábios de Nyad ficaram muito inchados, o que dificultou a conclusão do périplo. Outro problema que a nadadora enfrentou foi uma medusa. Para evitar que ela fosse picada, mergulhadores foram à frente da atleta durante alguns metros.

Ambição de uma vida

As regras do nado de longa distância dizem que ela não pode, em momento algum, segurar no barco de apoio. Nyad tem uma equipe de 35 pessoas para ajudá-la em aspectos como manutenção de rota, alimentação e hidratação.

Durante a última tentativa, em agosto de 2012, ela teve que ser retirada da água após 41 horas, quando uma tempestade e repetidas queimaduras de águas-vivas venenosas não a deixaram continuar.

Nyad tentou pela primeira vez completar a travessia em 1978, quando usou uma gaiola de proteção contra tubarões.

A segunda tentativa - sem uma gaiola -, em 2011, teve de ser cancelada por causa de uma dor no ombro e um ataque de asma. No mesmo ano, queimaduras de águas-vivas acabaram com sua terceira chance de completar o cruzamento.

Falando em uma entrevista em Cuba, na sexta-feira, Nyad disse que a tentativa de 2013 seria a última dela.

"É muito emocionante para mim – já era há 35 anos, e ainda é - fazer algo que ninguém jamais fez. Tudo valeu a pena", disse ela. "Mas, desta vez, se eu não concluir a travessia, direi com orgulho que não tenho mais nada a acrescentar", completou.

Em junho, a nadadora de longa distância australiana Chloe McCardle tentou fazer a travessia sem uma gaiola de proteção contra tubarões, mas teve que desistir depois de também ser queimada por águas-vivas.

Reprodução Cidade News Itaú

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