A juíza Márcia Cunha de Araújo Carvalho, da 2ª Vara Empresarial da Comarca do Rio, determinou nesta quarta-feira (18) que os organizadores do Rock in Rio terão de comprovar que as irregularidades detectadas em vistoria foram corrigidas para que o evento possa ser realizado desta quinta (19) até o dia 22. A decisão foi baseada em liminar da Promotoria de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor do Ministério Público, pedida nesta terça (17), após problemas vistos na primeira etapa do festival, entre sexta (13) e domingo (15).
No texto da sentença, a juíza condiciona a abertura dos portões à "comprovação de que foram sanadas as irregularidades narradas na petição inicial, com a disponibilização de recursos mínimos exigidos para emergências, especialmente as referentes aos postos médicos e ambulâncias (...), dentre outros atos normativos, sob pena de multa diária de R$ 10 milhões."
Uma inspeção foi marcada para esta quarta, às 17h, na Cidade do Rock, com presença de representantes do Corpo de Bombeiros, do Grupo de Apoio Técnico do Ministério Público (Gate) e do Cremerj, segundo a decisão. No entanto, a assessoria do Cremerj informou ao G1 que não participou de qualquer vistoria e que haverá uma reunião para discutir o assunto.
A assessoria de imprensa do Rock in Rio afirmou que, até as 17h, não havia sido notificada oficialmente do pedido de liminar, mas disse que os organizadores já trabalham para atender os pontos apontados no laudo, no que diz respeito à prestação de serviços médicos.
"A urgência é evidente, diante da iminência de mais quatro sessões de espetáculos, para o qual há previsão de afluírem cerca de 100 mil pessoas, em cada um dos próximos quatro dias", disse a juíza, na decisão.
Pedido na terça
Dois dias depois de vistoriar a Cidade do Rock, a Promotoria de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor do Ministério Público do Rio de Janeiro entrou, na noite de terça-feira (17), com uma liminar pedindo a suspensão do Rock in Rio.
Em vistoria durante o primeiro final de semana do festival, o órgão considerou que havia poucos médicos para atender o público — de cerca de 85 mil pessoas por dia. Além disso, o laudo mostra que há obstrução nas áreas de escape, em caso de emergência.
A assessoria do Ministério Público informou que a medida não tem como intenção cancelar o festival, e sim, garantir a segurança dos espectadores.
Já o Rock in Rio declarou que ainda não foi informado da liminar, mas que já trabalha para atender os itens apontados pelo MP como falhos.
Reprodução Cidade News Itaú
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